sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dor de amor se cura com outro amor?

Ivonete Soares

redacao@folhauniversal.com.br

Normalmente, quando se passa por uma grande decepção amorosa ou se perde um grande amor pelos atalhos da vida, costumamos ouvir dos amigos, dos parentes e das pessoas, de um modo geral, que “tudo vai passar” ou “nada como um amor para curar outro amor”.


No entanto, muitos se iludem acreditando nestas soluções aparentemente mágicas, já que a realidade é bem diferente. O fato de buscar em outro alguém o que se esperava do ser amado ou simplesmente tentar curar a dor engatando um novo relacionamento, pode acabar sendo ainda pior.


Especialistas alertam que se a pessoa não vivenciar o que eles chamam de “luto da separação”, ou seja, dar tempo ao tempo, esperar a angústia e a dor da perda cessarem, pode ser muito nocivo. De acordo com Sylvia van Enck, psicóloga e psicoterapeuta de famílias e casais, o vazio que fica com o término de um relacionamento, ainda que insatisfatório, é sempre muito difícil de ser superado.


“As histórias compartilhadas pelo casal contém inúmeros elementos que vão além do relacionamento em si; por exemplo, os vínculos formados entre os familiares das duas partes, amigos e interesses em comum, isto sem contar que também estabeleceram uma rotina de convivência. Quando o casal se separa, todos estes aspectos também são afetados”, avalia.


Aprendizado


É importante que as pessoas no início de uma separação possam, gradativamente, descobrir que elas gostam da própria companhia – orienta a especialista –, que podem e querem ficar bem. “Isso implica limpar as mágoas e ressentimentos passados e olhar para aquilo que o relacionamento contribuiu de forma positiva para o aprendizado de vida. Não é um processo tão simples e, neste momento, o apoio de amigos e familiares é fundamental”, pontua.


Fábio Luís Ferreira Santos, de 34 anos, num determinado momento de sua vida, enfrentou esse dilema. Segundo explica, estava noivo e prestes a se casar, mas, com o fim do relacionamento, tentava esquecer a dor se envolvendo em outros namoros, embora a situação só piorasse. “Tudo mudou quando resolvi buscar ajuda, curar as feridas primeiro e, aí sim, pude encontrar a tão sonhada felicidade”, garante Fábio, ao lado da esposa, Bruna Santos, com quem é casado há 10 anos.


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