quarta-feira, 26 de outubro de 2011

É possível recuperar o respeito?

Agressões verbais e físicas são apontadas por especialistas como vilãs dos relacionamentos


A família é a base do desenvolvimento de uma pessoa. E o principal pilar disso é o casal. Se há desentendimentos, discussões, brigas e agressões (verbais e físicas), tudo se desestrutura, barreiras são formadas e, dificilmente, esses pilares aguentam. E quando se desestruturam, é possível superar os traumas, as marcas e restaurar o que, aparentemente, está perdido?


Para o casal Sueli da Silva, de 41 anos e Edgar Luis, de 44, passar por essas adversidades foi um dos maiores desafios. Casados há 22 anos, ela conta que mesmo antes do casamento sofria agressões do então namorado. “Na primeira vez que ele me deu um tapa, éramos namorados. Não terminei o relacionamento, porque acreditava que a situação mudaria quando casássemos”, relata.


No entanto, com o passar do tempo, as agressões entre eles se tornaram cada vez mais frequentes. “Ele chegou a cortar a minha orelha com uma faca”, relembra.


O casal, que trabalhava junto, também enfrentava problemas no ambiente profissional. “As clientes chegavam à loja e viam o meu rosto inchado, roxo, ou até mesmo ele gritando e jogando objetos em mim. Não tinha conversa, resolvíamos tudo nas brigas e, na maioria das vezes, com agressões físicas”, pontua.


A especialista em terapia de casais, Rita Dantas, explica que o diálogo é fundamental numa relação, e a falta de respeito, alerta, definha um relacionamento. “A escolha de estar juntos é de ambos. Se eles só discutem, não chegam a nenhum ponto. Não há possibilidade de duas pessoas conviverem sem que haja uma comunicação de fato”, orienta.


Rita explica ainda que se não houver uma mudança interior de ambos, é improvável que a situação do casal mude. “Nem terapia resolve o problema que a agressão traz. Realmente, é preciso haver uma mudança interior e completa de ambos para reverter essa situação”, afirma.


Corações restaurados


Sueli conta que, a convite da cunhada, chegou ao Cenáculo do Espírito Santo, entretanto, a mudança demorou a acontecer. “Eu achava que nem Deus pudesse mudar a minha vida, pois uma mulher que sofre todos os tipos de violência, como eu sofri, torna-se fria e descrente de tudo”, diz.


Com muita perseverança, Edgar, que também participava das reuniões na Igreja, começou a mudar. “Deus não só mudou a situação, como a transformou da água para o vinho. Restaurou o coração de ambos e agora somos felizes de verdade”, comemora Sueli, ao lado do marido.

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