Cientistas relacionam as dores menos intensas ao amor e descobrem como o corpo se comporta sob o sentimento
Pode parecer contraditório, mas o melhor remédio para a dor é o amor. E cientistas conseguiram provar isso em laboratório. Pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, conseguiram mapear as atividades cerebrais das pessoas apaixonadas e avaliar como elas respondiam a estímulos de dor e comprovaram que as áreas do cérebro ativadas pelo amor são as mesmas em que agem os analgésicos – remédios destinados a atenuar a dor. No mesmo Estado, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, cientistas também usaram escâneres cerebrais para observar a reação frente à dor enquanto olhavam fotografias de seus parceiros.
“Demos uma série de pequenos choques em testes distintos, mostrando imagens de objetos, de desconhecidos e de seus parceiros. A dor relatada era sempre menor enquanto elas olhavam imagens dos parceiros. Também observamos uma movimentação no córtex pré-frontal do cérebro, região associada a sentimentos de conforto e segurança”, disse a psicóloga Naomi Eisenbergger, da Universidade da Califórnia.
Já o estudo feito em Stanford envolveu testes na primeira fase da paixão, em que a pessoa libera altas doses de dopamina, um hormônio neurotransmissor que influencia no estado de ânimo e no humor das pessoas. Elas também receberam leves cargas de dor e reagiram de forma mais amena enquanto olhavam fotos dos amados.
“As áreas do cérebro que são ativadas com o amor intenso são as mesmas áreas em que atuam remédios para reduzir a dor”, afirmou o cientista Arthur Aron, um dos pesquisadores do estudo. O cientista explica, ainda, que o amor ativa intensamente áreas de recompensa do cérebro, as mesmas que são ativadas quando consumimos açúcar ou cocaína, e que causam a liberação da dopamina.
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