quinta-feira, 17 de novembro de 2011

DESAPARECIDOS




BRASIL REGISTRA, TODOS OS ANOS, MAIS DE 240 MIL CASOS DE PESSOAS DESAPARECIDAS; DESSE MONTANTE, CERCA DE 40 MIL SÃO CRIANÇAS DE ATÉ 12 ANOS



ESTATÍSTICAS DA DELEGACIA DE PESSOAS DESAPARECIDAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, ligada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mostram que o desaparecimento de pessoas, no Estado, é um problema que atinge indivíduos de ambos os sexos e de faixa etária diversificada. Não existe, portanto, um perfil característico das vítimas de desaparecimento, revelam os números. Mesmo assim, acredita-se que mais de 240 mil pessoas desaparecem no País anualmente, sendo que, deste total, mais de 40 mil são crianças de até 12 anos.

POR SER O ESTADO MAIS POPULOSO DA FEFERAÇÃO, o número de registros de desaparecidos em São Paulo é o maior do País. Mesmo assim, não existem dados concretos de quantas pessoas realmente desaparecem no Estado ou no País. A única pesquisa sobre o assunto foi feita há 10 anos pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos e contabilizou 204 mil casos, mas acredita-se que esse número seja bem maior, uma vez que não há bibliografias precisas sobre o problema. A maioria são trabalhos acadêmicos de estudantes, que, portanto, trazem números não oficiais.

APESAR DA INEXATIDÃO DOS DADOS, ACREDITA-SE QUE, NO BRASIL, 40 mil crianças desapareçam todos os anos, segundo estimativas divulgadas pelo site do Ministério da Justiça. ONGs ligadas à solução dos casos contestam os números, afirmando que o site do Ministério não traz dados atualizados. Elas reclamam também da falta de comunicação entre as polícias militares, civis e federais, atitude imprescindível para resgatar as vítimas de desaparecimento.

ATUALMENTE, A ONG MÃES DA SÉ, UMA DAS MAIS ATUANTES DO BRASIL, recebe algo em torno de 80% das denúncias de desaparecimento. A maioria envolve crianças que viviam em casa sob situação de risco ou enfrentavam algum tipo de conflito familiar, o que encorajaria a fuga. Esse é o motivo de 73% dos desaparecimentos, segundo a ONG.

SEGUNDO AS AUTORIDADES, há inúmeros casos de famílias que reencontram seus parentes desaparecidos, mas não dão baixa das ocorrências registradas nas delegacias. Os casos, então, ficam perdidos no sistema, o que contribuiria para engrossar as estatísticas.

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