quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A pressão pela fama.


A morte do rei do pop Michael Jackson, em 25 de junho de 2009, não poderia ter sido diferente: ele foi encontrado morto na mansão onde morava em Los Angeles, nos Estados Unidos, vítima de uma overdose de calmantes, principalmente de Propofol, um medicamento potente usado para anestesiar pacientes em cirurgia. O vício, problema do cantor que era conhecido de todos, se devia às inúmeras cirurgias estéticas pelas quais havia passado. Ele chegou até a utilizar nomes falsos para conseguir comprar os fortes medicamentos. Michael Jackson não é a primeira e certamente não será a última celebridade a se viciar em calmantes e ansiolíticos. A pressão pela aparência perfeita e por manter a fama e o sucesso leva inúmeras estrelas a recorrerem ao uso de remédios, muitas vezes de forma exagerada. “Num mundo em que cada um quer ter os 15 segundos de fama a qualquer preço, as pessoas perdem a noção dos verdadeiros valores, e partem para uma vida muito agitada em que tem a sensação de que os outros querem retirar deles parte da glória conquistada”, diz Maria Bernadette Cunha de Lyra, professora titular do mestrado em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Segundo ela, a consequência é recorrer aos calmantes. “Eles são paraísos artificiais que por alguns momentos fornecem um pequeno repouso enganoso”, acrescenta. Uma das primeiras celebridades a aparecer morta tendo ao lado um frasco de remédio para dormir foi a atriz Marilyn Monroe, em 4 de agosto de 1962. Apesar do mistério em torno da sua morte, esse fato fez com que muitos concluíssem que um dos maiores mitos sexuais do cinema sofreu uma overdose. Mais recentemente, o ator Corey Haim, famoso pelo filme “Os Garotos Perdidos”, declarou ser viciado em calmantes à base de substâncias como diazepam. Ele morreu pouco depois da revelação, em março de 2010, de pneumonia e problemas cardíacos, mas também foram encontrados oito tipos de drogas no corpo dele. Durante uma turnê pela Europa em 1994, o roqueiro Kurt Cobain, vocalista da banda Nirvana, entrou em coma devido a uma overdose de calmantes. Meses depois, em abril do mesmo ano, ele foi encontrado morto na casa onde morava em Seattle, nos Estados Unidos. Se matou com um tiro na cabeça, mas uma alta concentração de heroína e vestígios de Valium também foram detectados em seu organismo. Em janeiro de 2008, foi a vez do ator Heath Ledger, falecer, no auge da carreira, por intoxicação acidental de remédios com efeito calmante e sonífero, em seu apartamento em Nova York.

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