sábado, 27 de fevereiro de 2010

IURD Bispo Macedo


Sexo com o diabo – Capítulos 9 e 10
“O texto a seguir é a continuação do testemunho de Maria de Fátima da Cruz Carvalho. Veja também os capítulos
1, 2, 3, 4, 5 e 6, 7 e 8

Durante o dia, tudo parecia normal (para os que conviviam comigo). Mas a figura do anjo/demônio se tornou a maior perseguição: onde quer que eu estivesse, ali ele estava (nas aulas, na rua, no carro, onde quer que eu estivesse ali estava ele colado em mim), sempre sussurrando ao meu ouvido: “És minha! Não podes fugir de mim. Vai, te mata!” A voz dele sempre dentro de mim, dentro do meu ouvido.
À noite, eu saia e dançava em festas particulares para a alta sociedade, mas nenhum homem podia me tocar, porque eu, possuída pelo anjo/demônio, era muito agressiva, e usava um chicote nas minhas danças.
“Amitaf, a possuidora da noite.” Alguém que tentasse me tocar enquanto dançava corria o risco de levar uma chicotada, mas aquelas pessoas achavam o máximo.
Em uma dessas minhas saídas noturnas, quando cheguei em casa na companhia do safado do anjo, o meu tormento diário, ele me disse: “Hoje serás minha, minha!” Eu fiquei apavorada.
Morava com o meu filho e uma empregada. Eles já dormiam. Eu estava com tanto medo porque deixei de ver o anjo, mas sentia sua presença, seu cheiro, o negro de sua roupa perto de mim (ai, estava louca!); eu tremia toda.
O anjo já tinha tentado me tocar várias vezes, porque, às vezes, eu sentia as mãos dele percorrendo as minhas pernas e eu sempre gritava para ele: “Larga-me, deixa-me! Saia daqui. Tu não me tocas.” E ele parava. Mas, nessa noite, eu sentia que ele ia me fazer alguma coisa muito má, pois o meu coração batia muito depressa. E assim eu ia vivendo.
Naquela noite, o anjo me paralisou na cama. As mãos dele me sufocavam o pescoço. Pensei mesmo que ele me mataria naquele momento, quando, de repente, senti o peso de um homem sobre meu corpo; uma dor que penetrava meu corpo, o meu ventre. Todo o meu corpo suado, suas mãos me acariciavam, me machucavam. Eu não conseguia me mexer, gritar, falar, fugir. Estava sendo possuída por um homem invisível, um homem que ninguém via. Estava louca, mas aquilo estava mesmo acontecendo comigo.
Foi uma penetração dolorosa e prolongada. Quando o anjo demônio safado acabou o serviço eu estava toda molhada. Fiquei por muito tempo na cama até poder me mexer e conseguir levantar para ir ao banheiro. Quando levantei, quase voltei a cair.
Ai, como falar disto? E a quem? Estava mantendo relações sexuais com uma coisa invisível (ninguém, mas ninguém no mundo iria acreditar).
No dia seguinte, quase não conseguia andar com as dores que sentia nos meus ossos. Eu era professora de ginástica e nunca havia sentido tamanhas dores nos ossos e nos músculos como naquele momento.
A partir desse instante só um pensamento me vinha à cabeça: matá-lo. Mas, como, se ele aparecia e desaparecia? Então comecei a pensar em me matar.
O anjo/demônio começou a usar meu corpo e me dizia: “És a minha mulher, és minha.” E passei a ter um anjo/demônio como um marido invisível. É coisa de louco. Eu estava louca.
O anjo jamais deixava algum homem se aproximar e se o fizesse acabaria mal. Foram anos de sofrimento, tortura. Ele usava e abusava do meu corpo, me violava, me estuprava. Eu sofria calada, me sentia suja, humilhada; eu o odiava.
Incrível é poder acreditar que se tem um marido (espírito, algo invisível). Eu o odiava. Odiava aquilo que ele me fazia. Eu tinha noites de masturbação infernal, dolorosas, com o peso da mão dele sobre a minha (como contar isto? Ninguém vai acreditar em mim, ninguém). Eu sempre digo que se alguém se masturba, pode ter a certeza que um espírito está ali presente com a pessoa (acreditem se quiserem, mas eu, Fátima, passei por isso).
O anjo/demônio se apoderava do meu corpo de uma forma, que várias vezes eu estava num lugar e quando voltava a mim estava em outro. Ele usava meu corpo. Essa é a razão pela qual várias vezes eu não conseguia me lembrar de como havia chegado àquele lugar. O que havia feito, o que havia acontecido. Não, não, eu não sou louca, dizia eu para mim mesma várias vezes.
E ele sempre falando ao meu ouvido: “Vai, te mata, te mata!”
Na rua eu sempre aparentava ser feliz. As pessoas, especialmente homens me diziam: “És bonita.” Eu me achava a mulher mais feia e horrível. Eu cobria os espelhos da minha casa para não me ver neles.
Em casa sofria com depressão, tristeza. Eu chorava muito, fumava a todo instante e o tal anjo só me dia: “Vai, fuma sua cadela!” Eram mesmo essas palavras que ele usava: “Fuma, fuma, sou eu que quero que tu fumes.”
Eu só pensava em morrer, morrer. Muitas vezes, tentei matar meu filho, pois o anjo queria matá-lo. Ele queria o meu filho desde o dia em que ele nasceu. Cheguei a abandonar meu filho no meio da noite em um lugar chamado Mata dos Medos, onde são feitos trabalhos de bruxaria, feitiçaria e outros mais. Mas o Deus misericordioso me chamou à razão de mãe e voltei atrás, indo buscá-lo.
Como me machuca trazer isso à minha memória de novo, porque ainda hoje meu filho, já adulto, se lembra desse momento. Oh, Deus!
Eu só pensava em acabar com a minha vida. Como dizer aos meus pais a vida que eu levava? Como é que as pessoas iriam reagir? Se eu falasse do anjo, seria internada no hospital. Não, não! Só a morte era a saída.
De dia era uma professora (disfarçava bem), mas completamente drogada. E de noite eu era Amitaf, outra pessoa. Ninguém com quem falar.
Eu falava para minha mãe, e ela, coitada, tentava me ajudar. Nós íamos aos bruxos, todos nós íamos. Pensávamos que era normal porque até os médicos nos mandavam fazer. Os bruxos (medicina popular), usavam também o crucifixo, como na igreja. Nós pensávamos mesmo que havíamos encontrado a solução.
No entanto, o certo era que eu não conseguia pará-lo de me molestar. Eu era violada todas as noites por um homem que ninguém via. Eu estava para ficar doida. Como sair desse tormento? Como? Estava eu num beco sem saída.
Só a morte me faria escapar das mãos dele, pensava eu.
Morrendo, o anjo/demônio já não me molestaria.
Nós éramos religiosas. Eu e minha mãe fazíamos promessas a uma imagem (de nome Fátima). Engraçado como o tal anjo/demônio brincava com as nossas crenças religiosas e cegueira espiritual.
Quando me casei (se vocês se lembram, nos capítulos anteriores), eu falei que ele, o anjo, me mandou comprar uma roupa especial de noiva, um Sari indiano.
Meu Sari veio mesmo da Índia, tanto que as pessoas estranharam. As pessoas tinham a mania de me achar extravagante.
Nesse conjunto do Sari havia um manto que ele, o anjo, me mandara ofertar a tal imagem de Fátima. Pensava eu que estava fazendo algo para ser feliz no meu casamento.
Um dia, estando na casa da minha mãe, com ele sempre me perseguindo, no meu quarto de infância, o anjo/demônio estava me bombardeando com ideias suicidas e me dizia: “Vou te matar. Vou matar o teu filho. Vou matar a tua família toda!” E comecei a lhe dizer: “Não vais! Tu não és um anjo; és mau. Tu és um porco, te odeio!” Ele se enfureceu e me empurrou contra a parede. Minha mãe ouviu e perguntou-me, vindo ao meu encontro: “Faty, quem está aí contigo?” Eu perguntei à minha mãe: “Mãe, você me ouviu? É ele, ele!”
A partir desse momento, minha mãe começou a ser atacada por ele. Ela passou a ouvi-lo. Ele nos dizia que iria matar a todos, toda a minha família. A minha mãe parecia uma louca, estava passando o mesmo que eu, só que apenas eu o via e ouvia; ela apenas o ouvia.
Chamamos bruxos e médicos. Meus familiares quiseram levar minha mãe para o hospital. Eu gritei: “Não, nunca! Ninguém interna a minha mãe!” Estávamos sendo alvo do tal anjo. Ele queria nos matar a todos. Minha família não gosta de falar nisso, pois é motivo de vergonha.
Eu estava vendo-o dizer a minha mãe que iria matar os filhos dela. Ele enforcou a minha cunhada e o meu sobrinho pequeno viu.
O anjo empurrava minha mãe. Ela o empurrava.
Veio um bruxo à nossa casa e disse-nos que toda a família se reunisse no corredor e fizéssemos a oração do Pai Nosso à meia-noite. E aí fizemos. Eu lhes dizia: “Ele está à nossa frente, falando o Pai Nosso de trás pra frente.”
Outro bruxo foi lá em casa. Cuspia fogo pela boca e quase queimou a minha mãe. Coitada da minha mãe, estava sendo atacada pelo anjo mau; ele ia matar a minha mãe. A minha querida mãe agora também passava os dias sendo atacada por ele.
Outro bruxo nos disse que sumiria com aquilo lá de casa. Que nada. O tal bruxo mandou mais (demônios, bichos), porque eu os via; eram como animais deformados.
Nessa noite, que o tal bruxo falou que correria com aquilo dali, coitada da minha família: minha irmã estava com muito medo; foi dormir comigo e com o meu filho. O safado se instalou para viver na nossa casa.
Minha mãe piorou. Ela não só ouvia a voz do anjo como também de todos os outros (anjos maus) que estavam com ele.
Eu nunca deixei que a internassem. Ao mesmo tempo, o tal safado do anjo continuava me molestando e abusando de mim, dizendo que toda a minha família era dele.
Conversando com minha família, fiquei sabendo que quando ainda era um bebê tive um problema (eu ainda estava em São Tomé e Príncipe), e os meus pais, coitados, levaram-me a um curandeiro. Hoje eu sei que foi por sermos tão ignorantes no verdadeiro caminho o que essa atitude poderia representar no futuro. Foi quando fui apresentada e oferecida a este dito anjo. Nós não sabíamos.
Minha mãe já não podia sair às ruas porque, se ela o fizesse, o tal anjo tentava matá-la.
Um dia, meu pai encontrou uma senhora, amiga da família, que tinha ouvido falar do que estava se passando com minha mãe e de como eles estavam sofrendo com o que também estava acontecendo comigo.
Ela disse assim ao meu pai: “Olha, eu vou a um lugar. É uma igreja onde se fazem orações fortes. Quem sabe eles consigam ajuda-la!” E deu ao meu pai uma revista chamada Maria, que continha o endereço.
Publicado por Bispo Edir Macedo

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