Orientação e informação são armas para garantir um futuro longe das drogas
Melhor idade para tratar do assunto é à partir dos 9 anos. Polícia realiza trabalho preventivo nas escolas
Melhor idade para tratar do assunto é à partir dos 9 anos. Polícia realiza trabalho preventivo nas escolas
O crack invadiu as ruas de São José dos Campos e mudou a vida de famílias inteiras. Mas, há sim uma saída e a informação é a esperança de um futuro bem longe das drogas. As crianças tem muitas dúvidas, e a presença da polícia agindo como um amigo na escola desinibe e rompe a dificuldade de falar sobre drogas. Gabriel, aluno: "O que eu faço quando alguém me oferecer drogas?"
Policial: "Temos dizer não, mas com educação. Nós nunca sabemos a reação da pessoa que está ofertando". Caroline, aluna: "Quais as consequências para quem usa drogas?"
Policial: "É raro o número de pessoas que consegue sair, e acabam em dois caminhos. A morte, ou a prisão. Os adolescentes são conduzidos à Fundação Casa". A aula com o policial faz parte do programa da Polícia Militar de orientação nas escolas. O Proerd é um programa americano, que está há onze anos na região e mais de 50 mil crianças já passaram por ele. A melhor idade para tratar deste assunto é à partir dos 9 anos. É nesta fase que as crianças tem mais professores, conhecem mais pessoas e conseguem colocar em prática o que eles aprendem em sala de aula. Veja também:
Dados alarmantes mostram que o crack é a droga mais consumida em São José Combater o vício do crack e da cocaína não é fácil, mas é possível Carência familiar é um dos principais motivos do aumento do uso de crack pelos jovens A psicóloga Cristina Cardoso Lima lembra que os pais e a sociedade são fundamentais nessa lição. "Nós todos passamos exemplos para nossas crianças e nossos jovens. E hoje nós não somos bons exemplos, passamos violência, consumismo, imediatismo. E a droga tem a característica de potencializar essa busca", explica.ExemploFoi ainda jovem que tudo começou. Depois de doze anos na vida de Marco Antônio, o crack ficou no passado. "O crack é o limite. Eu só não matei, o resto eu fiz de tudo. Bate uma angústia, um aperto, um desejo de falar 'poxa, será que eu posso só uma vez?', mas ao mesmo tempo já vem aquela coisa, 'não, eu não posso, se eu fizer mais uma vez, tudo vai por água abaixo'". Há um ano e um mês, Marco está longe do crack. "Como eu dei um passo pra entrar, alguém pode dar um passo pra sair". É assim, com passos firmes que ele caminha em direção ao futuro. "Grandes coisas pra mim hoje em dia, são meu trabalho, milha filha e a alegria da minha mãe. Posso entrar em uma loja de cabeça erguida, posso pagar minhas contas, lutar pelo que eu não podia. Quero ser alguém um dia, ter minha casa, meu carro e as pessoas que me amam, ao meu lado". A receita? Força de vontade. "Coragem. A palavra chave é coragem!", diz Marco.
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