COMPORTAMENTO VIOLENTO DOS UNIVERSITÁRIOS:É REFLEXO DA SOCIEDADE EM QUE VIVEM, DAS LEIS QUE OS PROTEGEM OU DA IDADE?No último dia 22 de outubro, o 6º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana de São Bernardo do Campo (SP), foi acionado para dar apoio a uma causa até então inédita: escoltar a saída de uma estudante de turismo da Universidade Bandeirante (Uniban). O motivo: ela vestia roupas consideradas "curtas demais" pelos alunos da instituição. Por conta do tumulto causado pelos alunos, que gritavam nomes de baixo calão e cercavam a sala de aula onde ela se encontrava, a moça aguardou a chegada dos policiais já vestida com um jaleco branco sobre seus “trajes mínimos”, assim descrito por um aluno da Uniban. Seguranças e professores deram proteção à jovem enquanto a polícia não chegava. Muitos estudantes gravaram a cena de constrangimento e publicaram vídeos na internet, o que tornou o caso conhecido em praticamente todo o País. Alguns internautas deixaram uma série de mensagens de repúdio à postura dos estudantes da Uniban; outros parabenizaram a atitude. A estudante não tem frequentado as aulas desde o ocorrido. Segundo informações da Secretaria do Campus da unidade ABC, onde aconteceu o caso, não houve queixa de agressões físicas, mas uma sindicância foi instaurada para apurar o incidente. Se nas instituições particulares – reconhecidamente frequentadas pelas elites – o cenário preocupa, na rede pública de ensino, principalmente nas escolas de níveis fundamental e médio, a situação é ainda pior: De 500 escolas públicas analisadas pelo Estado, em 33% houve depredação de automóveis de professores e demais funcionários da unidade. Outras 51% sofreram arrombamento. Em mais de 3,5% ocorreu, no interior do prédio, detonação de granadas, e outras 3% sofreram disparos de armas de fogo. E o dado que talvez seja o responsável pelas demais ocorrências: 88% dessas escolas não possuem policiamento preventivo.
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