quarta-feira, 10 de julho de 2013

Família: patrimônio da humanidade

Maior projeto de vida na Terra resiste às transformações





AGÊNCIA UNIPRESS INTERNACIONALAlice Mota
Idealizada e instituída por Deus, a família é o mais antigo e importante projeto de vida que existe. Após criar Adão, Deus viu que o homem precisava ter uma companheira e criou Eva, tornando-se, então, a mais fundamental relação humana.
O Senhor fez planos para a família como uma estrutura a ser seguida e atribuiu papéis para os homens, mulheres e filhos. Porém, o próprio ser humano, desde a sua criação, tem provocado muitas mudanças de comportamentos e valores éticos e morais e, por conseqüência, gerado graves impactos nos padrões de funcionamento familiar.
De acordo com os conceitos bíblicos, a união deve ser monogâmica – aquela em que homem é marido de uma só mulher e vice-versa – e a liderança no modelo patriarcal. No entanto, o que se tem visto nos dias atuais é o contrário, havendo o aumento do número de lares desfeitos. Falta de liderança dos pais, troca de papéis, mães solteiras e gestação na adolescência são, segundo estudiosos, alguns fatores que colaboram para a desestrutura familiar.
A base da sociedadeDia 8 de dezembro é comemorado o Dia Nacional da Família, que foi instituído em 1963, através do Decreto nº 52.748. Conforme o texto, na família ideal, deve haver amor, confiança, cooperação, respeito, obediência, compreensão e tolerância, e a partir dela são adotados valores. Na Constituição Federal Brasileira (1988), a família é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado e destaca o que deve ser assegurado a ela.
Entre alguns deveres com a família estão: respeito à liberdade e à convivência familiar e comunitária e ser resguardada da violência, crueldade e opressão.
Especialistas em estudos sobre a família destacam a dificuldade para a sua sobrevivência. “Acredito que enquanto as famílias não estiverem estruturadas e os pais não souberem nem entenderem seus papéis e sua importância, a sociedade continuará vivendo atrocidades como essas últimas, que têm sido noticiadas: filhos matando pais, mães jogando bebês no lixo etc.São situações degradantes que aviltam a condição humana, aquele que tem valor inestimável para o Criador”, conclui a psicóloga clínica Cristiane Fiaux, mestranda em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Mudança de padrão familiarCada vez mais surgem padrões de funcionamento familiar diferenciados do tradicional. Cresce o número de mulheres que chefia a casa. No Brasil, de acordo com pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça – elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – cresceu em mais de 200 mil, em 1993, para 2,2 milhões, em 2006, as famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres. Em 13 anos, esse novo modelo familiar expandiu dez vezes, de 3,4% para 14,2% do total dos lares brasileiros.
A pesquisa detectou outra mudança no funcionamento familiar. Na última década, houve um aumento das famílias formadas por homens que cuidam sozinhos dos filhos (família monoparental): de 2,1% para 2,7%. Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 1993 a 2007, esses pais tanto assumem a responsabilidade pela provisão quanto pelo cuidado da prole. Esse estudo não incluiu configurações familiares, como, por exemplo, os casais homossexuais.
Há ainda outros fenômenos responsáveis pela mudança estrutural da família, como as mulheres que decidem ser mães solteiras; famílias só com mãe e crianças sem pai; filhos e filhas com quatro pais – mães e pais divorciados e recasados. E ainda há as famílias onde os avós assumem a tutela dos netos e cuidam e sustentam as crianças.

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