sábado, 15 de setembro de 2012

Saúde do homem sob controle


Exames anuais evitam o agravamento de doenças e aumentam a qualidade de vida da população masculina



Os homens brasileiros vivem, em média, 69 anos – 7 anos e 7 meses a menos do que as mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma das explicações pode estar na falta de interesse deles com a saúde. Uma pesquisa do Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão da Secretaria da Saúde de São Paulo, mostrou que 60% dos homens só vão ao médico quando a doença já está em estado avançado. 





























Para Claudio Murta, coordenador do serviço de urologia da secretaria, o problema está ligado a questões culturais. “O homem acha que não vai ficar doente. No caso do exame de toque, muitos pensam que vão perder a masculinidade ou que o exame é doloroso. Isso não é verdade”, esclarece. 


O câncer de próstata é o que mais atinge os homens no País, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Perde apenas para os tumores malignos de pele. A estimativa para este ano é que mais de 60 mil novos casos de câncer de próstata sejam registrados no País, o que corresponde a 30,8% das novas ocorrências de câncer em homens brasileiros. 


Apesar da grande incidência, as chances de cura chegam a 95% se a doença for descoberta no início. Murta destaca que, a partir dos 40 anos, o homem deve ir ao urologista anualmente. Segundo o médico, o toque retal e o teste de PSA são fundamentais para avaliar a presença de câncer de próstata. “O check-up também monitora doenças cardiovasculares, infertilidade e o crescimento benigno da próstata, que atinge 100% dos homens e prejudica a qualidade de vida”. O urologista também deve ser consultado nos primeiros meses de vida e na adolescência dos meninos, fases em que pode ocorrer câncer nos testículos. Já o urologista Celso Gromatzky, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, explica que os exames preventivos ajudam a evitar danos mais graves ao organismo. (veja quadro ao lado) “Eles podem orientar a mudança de hábitos do paciente”. Gromarzky lembra que a alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos, o abandono do cigarro, o controle do estresse e a redução do consumo de bebidas alcóolicas podem retardar e até evitar enfermidades. Com o objetivo de capacitar profissionais em saúde masculina, o Ministério da Saúde vai distribuir, no primeiro semestre de 2013, 35 mil cartilhas sobre o assunto.

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