quarta-feira, 6 de junho de 2012

PROSTITUIÇÃO INFANTIL




BRASIL POSSUI MAIS DE 900 MUNÍCIPIOS ONDE CERCA DE 500 MIL CRIANÇAS SÃO EXPLORADAS SEXUALMENTE 

"ALGUMAS CHEGAM A TROCAR ALGUNS MINUTOS DE SEXO POR UM PRATO DE COMIDA", DIZ UMA FONTE DA UNICEF

Em todo o País, mais de 500 mil crianças, em 927 municípios,  ainda são exploradas sexualmente. Os dados foram colhidos a partir de uma pesquisa elaborada pela Unicef, em parceria com e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SNDH).

"É comum que muitas crianças troquem
alguns minutos de sexo por um prato de comida"

A pobreza, o abandono das famílias e a falta de perspectiva de vida são apontados pelos estudos como os principais responsáveis pelo problema. "É comum que muitas crianças troquem alguns minutos de sexo por um prato de comida", relata um membro da Unicef que participou do levantamento. Segundo a fonte, "muitas meninas trabalham de três a quatro horas e chegam a ter mais de cinco parceiros em um único dia". Em decorrência disso, essas crianças são expostas a inúmeros tipos de doenças sexualmente transmissíveis, entre elas, a AIDS, que já atinge grande parte delas.

"Há relatos de adolescentes que
engravidaram aos nove anos de idade."

Ainda de acordo com relatórios divulgados pela Unicef e pela SNDH, essas crianças e adolescentes vêm majoritariamente de famílias desestruturadas, em que pais, padrastos e até irmãos abusam sexualmente delas. São frequentes também os casos em que a própria mãe sabe do crime que acontece dentro e fora de casa, mas prefere ignorá-lo, quase sempre por medo de represália ou por influência de alguns trocados que esse crime chega a render.

Outro grave problema decorrente dessa exploração é a gravidez precoce, verificada até mesmo entre garotas entre 13 e 15 anos de idade, mas há relatos de adolescentes que engravidaram aos nove anos. Sendo assim, muitas delas recorrem ao aborto clandestino, seja por vontade própria, seja por imposição da família, que não pode perder a 'renda' da exploração sexual.


"Muitas famílias preferem sabem que a filha se prostitiu
Mas não intervêm por medo de represália ou porque a prática
Rende alguns trocados no final do dia"

Os métodos abortivos mais utilizados por essas adolescentes são os chás caseiros (extremamente tóxicos e nocivos à saúde), a utilização de agulhas de crochê para matar o feto, a ingestão desorientada de remédios (geralmente provocam também a deterioração do útero) e a procura por charlatões, ditos especializados no assunto, que cobram para realizar o aborto.

Segundo a SNDH, o maior indicativo da dimensão da exploração sexual infantil no Brasil ainda é o disque-denúncia. Criado em 2003, a Secretaria recebe cerca de 60 ligações  ao dias.

"Todas as denúncias são imediatamente encaminhadas às instituições que combatem esse crime", informa a Secretaria.

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