sábado, 7 de janeiro de 2012

Invasão na cracolândia e nos morros cariocas.


GOVERNO QUER PÔR FIM À CRACOLÂNDIA PAULISTANA PELO MÉTODO DA "DOR E SOFRIMENTO"; OBJETIVO DA AÇÃO É DIFICULTAR O ACESSO DE USUÁRIOS AO CRACK E, ASSIM, DEIXÁ-LOS SUSCETÍVEIS A CRISES DE ABSTINÊNCIA PARA QUE PROCUREM TRATAMENTO NA REDE DE SAÚDE



O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, EM PARCERIA COM A PREFEITURA PAULISTANA, quer acabar com a cracolândia por meio de uma nova estratégia, a da "dor e sofrimento". O plano consiste em dificultar o acesso de usuários de crack aos pontos de venda e consumo e, assim, deixá-los mais suscetíveis a crises de abstinência, o que os forçaria a procurar a rede de saúde em busca de tratamento.

A ESTRATÉGIA ESTÁ DIVIDIDA EM TRÊS ETAPAS. A PRIMEIRA DELAS É A OCUPAÇÃO policial, cujo principal objetivo é quebrar a "logística" de traficantes que atuam na área. Os policiais irão barrar a chegada da droga e estão orientados a não tolerar mais o consumo de entorpecentes em público. Os usuários serão abordados e, se quiserem, encaminhados à rede municipal de saúde e assistência social.

A SEGUNDA ETAPA VISA A INCENTIVAR OS CONSUMIDORES DE DROGAS a procurar ajuda e, na terceira fase a metal principal será manter os bons resultados das ações anteriores.

SEGUNDO O COORDENADOS DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS DA SECRETARIA DE ESTADO da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, a falta de drogas e a dificuldade de fixação vão fazer com que as pessoas busquem tratamento. "Como é que você consegue levar o usuário a se tratar? Não é pela razão, é pelo sofrimento. Dor e sofrimento fazem a pessoa a pedir ajuda", diz.

OS ESPECIALISTAS, NO ENTANTO, NÃO SÃO UNÂNIMES COM RELAÇÃO AOS RESULTADOS DESSA ESTRATÉGIA. Muitos acreditam que forçar a abstinência possa causar outras reações nos usuários, inclusive violência contra a população e a eles próprios. "Na fissura, o usuário não tem discernimento para decidir ou que é melhor ou não para ele. Além disso, estudos mostram que a falta da droga não levam a busca por tratamento, pelo contrário", afirma o psiquiatra da Unifesp Marcelo Ribeiro.

Um comentário:

  1. Enquanto houver traficantes, sempre haverá novos usuários, tem que haver mais policiamento nas ruas, para dar fim a tanta vergonha, não adianta fechar a cracolândia, pois o problema maior é o espiritual, a pessoa sozinha ela não tem forças para se livrar da dependência química, só com a ajuda de Deus isso é possível.

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