sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dupla dependência Além do fator químico, alterações emocionais e psicológicas são grandes obstáculos para que mulheres deixem de fumar, diz estudo T

Dupla dependência

Além do fator químico, alterações emocionais e psicológicas são grandes obstáculos para que mulheres deixem de fumar, diz estudo

O crescimento do tabagismo entre as mulheres é a nova preocupação dos órgãos de saúde do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, o percentual de homens fumantes caiu de 20,2% para 17,9% nos últimos 5 anos. Já entre as brasileiras, o índice se mantém estacionado em 12,7%, apesar das inúmeras políticas públicas para tentar coibir o aumento no consumo de cigarro no País. Um levantamento recente do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, realizado com mulheres fumantes internadas, concluiu que a dependência psicológica é o principal motivo que impede o abandono do vício.


Segundo o estudo do HCor, 77% das entrevistadas afirmam que fumam quando estão aflitas, ansiosas, preocupadas ou com medo; 53%, quando se sentem tristes e deprimidas; e 47%, quando estão irritadas. O levantamento mostra que 43% começaram a fumar por influência de amigos; 30%, por curiosidade; 13%, por influência de familiares; e 10%, por busca de prazer.


A analista de recursos humanos Aline Ulysséa, de 32 anos, não sabe identificar em que situação a vontade de fumar é maior: quando está triste, nervosa ou à procura de prazer. “Meu organismo pede a nicotina, assim como quando queremos comer doces no período menstrual”, compara Aline, tabagista há 19 anos.


Para Priscila Bueno, psicóloga do programa antitabaco do HCor, o crescimento do tabagismo entre mulheres é bastante preocupante, já que o cigarro causa problemas na saúde reprodutiva e no funcionamento vascular do coração e do cérebro delas. “A prática clínica e os estudos derrubaram a crença de que os prejuízos do cigarro sejam mais intensos em homens. As mulheres são tão ou mais suscetíveis, ainda mais nas características próprias como gestação, menopausa e uso de pílulas anticoncepcionais”, afirma.


As principais causas de morte na população feminina são as doenças cardiovasculares, como enfarte. Câncer de mama, pulmão, cólo de útero e doenças respiratórias vem em seguida e também podem estar relacionadas ao tabagismo.

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