quarta-feira, 15 de junho de 2011

FAMÍLIA DE BANDIDO X FAMÍLIA DA VÍTIMA



FAMÍLIA DE BANDIDO X FAMÍLIA DA VÍTIMA
DEPOIS DE SE ENTREGAR À POLÍCIA E ASSUMIR TER PARTICIPADO DO ASSASSINATO DO ESTUDANTE FELIPE, DENTRO DA USP, IRLAN VOLTA PARA CASA EM LIBERDADE E FAZ DEBOCHE AO RESPONDER PERGUNTAS DE REPÓRTERES
Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, se entregou à polícia após PMs localizarem sua casa em uma favela na região da cidade universitária. Ele é um dos suspeitos de matar o estudante Felipe Ramos Paiva, 24 anos, em 18 de maio, dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP).

"ELE REAGIU, PORQUE SE ELE PEGASSE
A ARMA, ELE IA MATAR NÓI (sic)"
(Irlan, 22, tentando justificar o disparo que matou o estudante Felipe, de 24 anos)

Durante depoimento, Irlan confessou ter participado do assassinato do estudante, mas alegou que não foi ele, e sim um comparsa, o autor do disparo que matou o aluno. Como se apresentou espontaneamente e não tem antecedentes criminais, Irlan saiu em liberdade, e como cidadão comum, pela porta da frente da delegacia, sem demonstrar estar arrependido pelo crime. Quando interrogado por repórteres sobre por que havia atirado no estudante, o criminosos, rindo, deu a seguinte resposta: "ele reagiu, porque se ele pegasse a arma, ele ia matar nóis (sic)"

ESPECIALISTAS APONTAM FALHAS NO CÓDIO PENAL

Para a maioria dos advogados brasileiros, devido a falha do Código Penal e à parcialidade daqueles que o aplicam, o criminoso se vê mais amparado pelas leis do que a própria vítima, e o Brasil é uma das únicas nações do planeta em que isso acontece.

"DIANTE DE TANTOS CASOS DE IMPUNIDADE
O BRASILEIRO TEM A IMPRESSÃO
DE QUE O CRIME COMPENSA"
(Octávio V.S., advogado)

"Conscientes dessa 'brecha' dada pelo Código Penal, criminosos de diversas espécies veem a oportunidade do 'habeas corpus' no 'histórico do crime'. É daí que surgem alegações como a legítima defesa, o crime passional, as alterações psicológicas, etc, todas atenuantes potenciais. "Em decorrência desse sistema cheio de brechas, com o passar do tempo e diante de tantos casos de impunidade o brasileiro tem a impressão de que o crime compensa", diz o advogado Octávio V. S, do grupo TWS, de São Paulo.

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