Por Kátia Mello katia.mello@folhauniversal.com.br
Você consegue perdoar? Uma pesquisa realizada recentemente pela Universidade do País Basco, na Espanha, mostrou que as mulheres têm mais facilidade de perdoar alguém do que os homens. A diferença também existe entre pais e filhos: pais têm mais facilidade de perdoar os rebentos do que o contrário. “O amor pelos filhos é incondicional, principalmente de mãe para filho. O amor permanece igual em qualquer situação, mesmo que o filho esteja na cadeia ou tenha cometido algo que pareça indesculpável. Uma mãe sempre perdoa”, explana a socióloga e sexóloga Maria Helena Matarazzo. Para uma das autoras do estudo, Carmen Maganto, “as mulheres são mais empáticas do que os homens”. O emprego da palavra empatia pela psicóloga se refere à capacidade que as pessoas têm de se colocar no lugar das outras e, portanto, compreender e aceitar o pedido de desculpas. O exercício de procurar entender o que se passa com os outros antes de julgá-los é bom para os indivíduos e a sociedade. Não ao ressentimento O estudo se aprofundou e buscou respostas para as concepções mais populares do que é perdão: em primeiro lugar vem “mostrar remorso”, seguido de “não guardar rancor”. As palavras “compreensão” e “empatia” também foram bastante usadas pelas 140 pessoas pesquisadas, com idades que variavam dos 17 aos 65 anos. “Tem que perdoar e esquecer. Ressentimento é raiva que vai cozinhando em fogo baixo”, define Maria Helena. Crianças e adultos também enxergam o perdão de modo diferente: para os mais jovens o perdão vem com o tempo, e para os mais velhos é o remorso que leva ao pedido sincero de desculpas. O perdão é tão primordial para o bom relacionamento humano que existem institutos no mundo que o defendem e fazem pesquisas sobre o tema, como o Forgiveness Institute (Instituto do Perdão), da Universidade de Wisconsin (EUA), e o Stanford Forgiveness Projects, da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA). “O perdão melhora a capacidade de lidar com o sofrimento e a perda. Quando você perdoa, vê que pode superar a dor sem fazer um inimigo. Você dá novamente um voto de confiança à pessoa sabendo que você é forte o suficiente para lidar com as falhas humanas. Além disso, o perdão alivia o estresse e melhora o sistema imunológico”, conta o psicólogo norte-americano Frederic Luskin, diretor da Stanford Forgiveness Projects. E complementa: “Quando você perdoa alguém, está fazendo um bem principalmente a si mesmo. Rancor e raiva não colaboram em nada, não fazem sua vida melhor, mas o contrário: dão tristeza, atrapalham na recuperação de doenças, podem chegar a causar transtornos físicos e psicológicos.” Quem tem dificuldade de perdoar, pode pedir ajuda. “Seja com terapia, com a religião, por amor próprio ou pelo próximo. O perdão sempre pode ser alcançado”, acredita Maria Helena.
Você consegue perdoar? Uma pesquisa realizada recentemente pela Universidade do País Basco, na Espanha, mostrou que as mulheres têm mais facilidade de perdoar alguém do que os homens. A diferença também existe entre pais e filhos: pais têm mais facilidade de perdoar os rebentos do que o contrário. “O amor pelos filhos é incondicional, principalmente de mãe para filho. O amor permanece igual em qualquer situação, mesmo que o filho esteja na cadeia ou tenha cometido algo que pareça indesculpável. Uma mãe sempre perdoa”, explana a socióloga e sexóloga Maria Helena Matarazzo. Para uma das autoras do estudo, Carmen Maganto, “as mulheres são mais empáticas do que os homens”. O emprego da palavra empatia pela psicóloga se refere à capacidade que as pessoas têm de se colocar no lugar das outras e, portanto, compreender e aceitar o pedido de desculpas. O exercício de procurar entender o que se passa com os outros antes de julgá-los é bom para os indivíduos e a sociedade. Não ao ressentimento O estudo se aprofundou e buscou respostas para as concepções mais populares do que é perdão: em primeiro lugar vem “mostrar remorso”, seguido de “não guardar rancor”. As palavras “compreensão” e “empatia” também foram bastante usadas pelas 140 pessoas pesquisadas, com idades que variavam dos 17 aos 65 anos. “Tem que perdoar e esquecer. Ressentimento é raiva que vai cozinhando em fogo baixo”, define Maria Helena. Crianças e adultos também enxergam o perdão de modo diferente: para os mais jovens o perdão vem com o tempo, e para os mais velhos é o remorso que leva ao pedido sincero de desculpas. O perdão é tão primordial para o bom relacionamento humano que existem institutos no mundo que o defendem e fazem pesquisas sobre o tema, como o Forgiveness Institute (Instituto do Perdão), da Universidade de Wisconsin (EUA), e o Stanford Forgiveness Projects, da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA). “O perdão melhora a capacidade de lidar com o sofrimento e a perda. Quando você perdoa, vê que pode superar a dor sem fazer um inimigo. Você dá novamente um voto de confiança à pessoa sabendo que você é forte o suficiente para lidar com as falhas humanas. Além disso, o perdão alivia o estresse e melhora o sistema imunológico”, conta o psicólogo norte-americano Frederic Luskin, diretor da Stanford Forgiveness Projects. E complementa: “Quando você perdoa alguém, está fazendo um bem principalmente a si mesmo. Rancor e raiva não colaboram em nada, não fazem sua vida melhor, mas o contrário: dão tristeza, atrapalham na recuperação de doenças, podem chegar a causar transtornos físicos e psicológicos.” Quem tem dificuldade de perdoar, pode pedir ajuda. “Seja com terapia, com a religião, por amor próprio ou pelo próximo. O perdão sempre pode ser alcançado”, acredita Maria Helena.
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