quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Erros Médicos.


O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com o maior número de faculdades de medicina - cerca de 200. No quesito qualidade, no entanto, País vai para a "lanterna".
Segundo estudos publicados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil conta, hoje, com aproximadamente 240 mil médicos. Destes, 98% relataram estar exercendo múltiplas funções dentro da profissão, fato que evidencia o quase pleno emprego. Os que disseram realizar quatro atividades representam 16,7%. Aqueles que mencionaram cinco atividades, 7,4%; e os que mencionaram seis atividades ou mais representam 4,1% dos entrevistados. Esta multiplicidade de atividades envolve o trabalho nos setores público, privado, consultório, filantrópico e docente, o que sobrecarrega o profissional e limita suas possibilidades de atualização científica, além de condicioná-lo ao erro médico (leia sobre erros médicos mais abaixo). De todos os médicos brasileiros, o CFM avalia que 52% deles exercem atividades de plantão, principalmente do tipo presencial (64%). Para 58% desses profissionais, tal atividade, que visa ao aumento da renda, é motivo de desgaste. Outros 20% trabalham e fazem plantão na cidade em que residem e em pelo menos outras duas, no mesmo estado. Quanto à remuneração, a maioria dos médicos (52%) ganha até dois mil dólares mensais. Os que declararam renda superior a quatro mil dólares representam apenas 9% da classe. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com o maior número de faculdades de medicina. A Índia está na liderança, com mais de 250 instituições. No Brasil, existem atualmente cerca de 200. Desse total, 60% são particulares. Apesar desses números, o País conta com apenas 2,4 leitos para cada mil habitantes. Alguns países europeus têm 24 ou 28 leitos para o mesmo número de habitantes. A Questão dos Erros Médicos Um erro médico é uma falha do profissional no exercício de sua tarefa. As três causas mais comuns são a negligência (falhas por desleixo e falta de atenção, ou em casos nos quais o médico não oferece os devidos cuidados ao paciente), a imperícia (quando o médico exerce um procedimento para o qual não foi preparado) e a imprudência (quando o médico assume riscos que colocam em perigo o paciente, sem que exista amparo científico para essa decisão). De todos os erros cometidos por um profissional de base, o erro médico é, sem dúvida, o mais difícil de ser identificado, já que todos os procedimentos executados por ele têm riscos naturais, como as intervenções cirúrgicas, por exemplo. O Conselho Regional da Medicina (CRM) aconselha sempre às vítimas de erro médico registrar queixa em uma delegacia, através de Boletim de Ocorrência. Não é raro, no entanto, que algumas delegacias façam dessa mesma vítima do erro médico, uma nova vítima, mas agora do caos vivido no Judiciário.

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