sábado, 8 de janeiro de 2011

Crime Misterioso


O supervisor de vendas Rogério Damascena, de 29 anos, era um rapaz tranquilo, de boa índole, bom filho, querido pelos amigos, em ascensão profissional e aparentemente feliz. No domingo, 19 de dezembro, num condomínio de luxo na estrada da Aldeia, município de Camaragibe, região metropolitana de Recife, cerca de 200 pessoas, celebravam o casamento de Rogério com a namorada, a advogada Renata Coelho, de 25 anos, com quem namorava há 3 anos e a quem ele dizia ser seu grande amor. O casal dançou, bebeu, se divertiu. Às 2h30 da manhã, quando os convidados começaram a ir embora ele pediu que todos ficassem, por que haveria uma surpresa. Deixou o salão de mãos dadas com Renata e pediu a alguns amigos que o seguissem, entre eles, um colega de trabalho, Marcelo André Zloccowick Guimarães, de 40 anos, um dos padrinhos. No caminho, sem que percebessem, apanhou um revólver no carro. Na frente dos amigos, abraçou e beijou a noiva. Depois, matou Renata com um tiro na cabeça. A seguir, voltou-se na direção dos amigos e seguiu disparando. Marcelo Guimarães foi atingido por quatro vezes, duas na cabeça e também morreu. Rogério colocou a arma contra o próprio ouvido e disparou. Foi socorrido com vida, mas morreu no dia seguinte. A tragédia, inexplicável, estarreceu Recife e deixou uma pergunta sem resposta. Qual a razão de um crime tão violento? Numa entrevista exclusiva ao “Domingo Espetacular” da “Rede Record”, João Bosco Damascena, pai de Rogério diz se questionar a todo instante. “Por mais que eu me pergunte, por mais que eu busque, por mais que eu peça a Deus que me clareie, que me mostre o motivo, eu não sei. Ele não teria motivos para cometer esse ato. Era um menino alegre, feliz, com muitos projetos para o futuro dele e da Renata.” João disse que momentos antes do filho atirar, ele se aproximou e disse: “Painho, eu te amo.” O que o pai viu a seguir foi uma cena de horror que, ele garante, jamais conseguirá esquecer. “Vi ele correndo atrás de um rapaz. E atirou no rapaz. Insistentemente. O rapaz caiu e ele atirou mais. E depois atirou no ouvido. Eu vi essa cena. E a cena está gravada no meu subconsciente, que não vai apagar nunca.” As autoridades policiais também buscam explicação e começam a investigar. Todos que conhecem o casal e Marcelo descartam a hipótese de traição ou crime passional. De acordo com a polícia Marcelo não seria um alvo específico. Rogério atirou na direção dos amigos. São três mortes trágicas num dia que deveria ser festivo. E até agora, não há nenhuma razão para tanta violência e irracionalidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

MACACO LADRÃO PM 1