segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MACHISMO X FEMINISMO




Em 1927, o Estado do Rio Grande do Norte foi o primeiro do País a permitir que as mulheres votassem. A partir de então, a conquista regional desse direito beneficiou a luta feminina da expansão do “voto de saias” para todo o Brasil. Em 1928, Alzira Soriano foi a primeira mulher a ocupar um cargo eletivo, como prefeita de Lajes, pelo Partido Republicano. Mesmo assim, ela não terminou o seu mandato. A Comissão de Poderes do Senado anulou os votos de todas as mulheres.

A partir da década de 40, começaram a surgir as primeiras mulheres ousadas o suficiente para trajar calças compridas, mas só no final da década de 60 é que o vestuário passou a ser difundido e perdeu sua conotação vulgar.

As conquistas no mundo feminino não pararam por aí e, desde então, avançam em ritmo acelerado, colocando em estado de alerta máximo os homens, que, confessam, se sentem ameaçados pela desenvoltura e potencial delas.

Em menos de um século, as mulheres avançaram tanto socialmente que, hoje, são poucas as que ainda desempenham o papel exclusivo de mantenedoras do lar. Boa parte delas renunciou ao casamento e se dedica integralmente à profissão. No Brasil, estima-se que existam cerca de 20 milhões de mulheres entre 30 e 40 anos que ainda não se casaram. Grande parte desse grupo afirma que o matrimônio não é uma meta de vida e, por isso, a situação não incomoda.

Nos Estados Unidos, a porcentagem de mulheres dessa mesma faixa etária que preferiu a vida de solteira, era, há 30 anos, por volta de 6%. Esse índice cresceu vertiginosamente de lá para cá. Hoje, elas já são 22%. De acordo com especialistas, a ascensão da mulher no mercado de trabalho, em boa parte do mundo, é um fator preponderante na hora de escolher entre vida sentimental e profissional.
Se a escolha não é nada fácil, a saída tem sido conciliar família e trabalho. E, mesmo que alguns não admitam, está claro que a mulher pode desempenhar com maestria os dois papéis e ainda o de protagonista (não mais de coadjuvantes) da história da sociedade moderna.
Exemplos não faltam: na América Latina, Michelle Bachelet esteve à frente do executivo chileno de 2006 até metade de 2010; Cristina Kirchner, além de conduzir a própria família, dita os rumos da nação Argentina. No Brasil, Dilma Rousseff e Marina Silva disputam a presidência num território, até então, de domínio exclusivamente masculino.
Diante desse cenário, surgem duas intrigantes questões. Primeira: quem, afinal, é o “sexo frágil”? Segunda: será mesmo que ele existe?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

MACACO LADRÃO PM 1