terça-feira, 27 de abril de 2010

Transar,Drogar-se e Badalar: pais que acompanham os filhos nesse comportamento não cresceram ou só querem protegê-los


TRANSAR, DROGAR-SE E BADALAR:PAIS QUE ACOMPANHAM OS FILHOS NESSE COMPORTAMENTO NÃO CRESCERAM OU SÓ QUEREM PROTEGÊ-LOS?Com medo de que os filhos andem em más companhias, consumam drogas ou se envolvam com bandidos ou atos criminosos, alguns pais estão adotando medidas extremas para manter os adolescentes 24 horas sob controle. Entre os artifícios mais utilizados pelas famílias está a busca por serviços de detetives ou a contratação de seguranças, opções acessíveis apenas aos pais mais endinheirados. Instalar aparelhos de GPS no carro dos filhos, que possibilita saber exatamente a rota percorrida por eles em tempo real, é uma prática bastante usada e que está substituindo o velho celular, dizem os especialistas em segurança. Para os pais ainda mais desconfiados e temerosos existem os sistemas de rastreamento individual, que podem ser camuflados até na sola do sapato da garotada. “Além de saber a localização exata do filho, o aparelho possibilita ouvir a conversa dele”, explica o consultor de segurança L.Cerveira. Outras famílias, no entanto, preferem deixar a tecnologia de lado e, em vez de vigiá-los, passam a adotar os costumes dos filhos. Principalmente nas grandes cidades, não é mais cena incomum ver adolescentes acompanhadas da mãe, em casa noturnas e até bailes funk. Juntas, mães e filhas bebem, fumam e até disputam possíveis pretendentes. É o caso da jovem C. de Oliveira, de 19 anos, que frequenta a noite paulistana acompanhada da mãe há quase um ano. “Da última vez que saímos juntas minha mãe conseguiu ficar com seis caras diferentes, e eu não consegui nenhum”, diz a garota. Do ponto de vista dos psicólogos, tantos os pais que procuram vigiar o filho a todo custo quanto aqueles que aderem ao comportamento deles estão cometendo exageros prejudiciais à educação e desenvolvimento dos jovens. “No primeiro caso, os pais não estão confiando na própria educação que deram e, no segundo, o comportamento nada tem a ver com educar ou proteger os filhos. Esses pais e essas mães querem voltar a ser adolescentes. A família precisa de companheirismo, mas não pode abrir mão da hierarquia dentro dela. Quando isso acaba e a relação é só de amizade, é muito provável que o respeito acabe sendo deixado de lado”, explicam.

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