segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

23 milhões de endividados no Brasil


23 MILHÕES DE ENDIVIDADOS NO BRASIL:RESULTADO DA MÁ ADMINISTRAÇÃO, DO CRÉDITO FÁCIL OU DO CONSUMO EXAGERADO? De acordo com dados obtidos através do Banco Central (BC) e divulgados recentemente pelo jornal O Estado de São Paulo, o endividamento do brasileiro cresceu 47% nos últimos 26 meses e, no primeiro semestre de 2009, o valor dessa dívida atingiu 35% da renda anual dos inadimplentes. O BC informou também que a inadimplência de pessoa física bateu recorde histórico em maio de 2008, como, posteriormente, foi comprovado pelo IBGE, que apontou, em números absolutos, 23 milhões de endividados no País, hoje com população em torno de 195 milhões. Segundo o BC, o crescimento do nível de endividamento das famílias brasileiras é um movimento associado ao próprio desenvolvimento do mercado de crédito, que era ‘incipiente’ antes da consolidação da estabilidade da economia mundial. Mesmo assim, a partir de julho de 2009 começou-se a observar, ainda que de forma modesta, novo declínio no número de inadimplentes. O BC se mostra otimista com relação ao futuro financeiro das famílias brasileiras, mas acredita que o momento, pós-crise, pede cautela. A justificativa para o período de atenção se sustenta nos próprios dados divulgados pelo Banco Central: Mais de 15 milhões de clientes de bancos têm dívidas acima de R$ 5.000,00, número 47% maior que o medido em dezembro de 2005 e 13,6% maior que a marca alcançada um ano atrás; São 80 milhões de clientes com alguma dívida, mesmo que pequena; Cada consumidor tem, em média, 3 débitos diferentes (carro, casa e empréstimo); O uso do rotativo do cartão de crédito (não pagamento integral da fatura) cresceu 30,4% nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas do crédito consignado (crescimento de 31,9%); A dívida das pessoas fisicas com os bancos somam R$ 442,4 bilhões. Desse total, 33% (R$ 146 bilhões) vencem em até 180 dias e 16,8% (R$ 74,7 bi) vencem em até 360 dias. Para os economistas, o brasileiro tem se endividado mais porque está mais otimista com a situação do País. “Talvez até mais otimista do que pode sugerir a realidade”, dizem. Por isso mesmo, eles aconselham “Independentemente da situação do país, o mais seguro e prudente é evitar dívidas. A regra é simples: não deixe de comprar, mas compre apenas quando tiver dinheiro”.

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