quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Olimpíada no Rio Escolha representa oportunidade ou uma hipocrisia?


OLIMPÍADA NO RIO DE JANEIRO:A ESCOLHA REPRESENTA UMA GRANDE OPORTUNIDADE OU UMA HIPOCRISIA? O governo federal estima que os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro – é a primeira vez que a América do Sul será sede de uma olimpíada – custarão ao Brasil algo em torno de R$ 25 bilhões. Por isso, a decisão do Conselho Olímpico Internacional (COI) foi alvo de crítica por parte de diversos especialistas, que consideram a realização do evento uma “inversão de prioridades”. O Rio disputou com Madri, Tóquio e Chicago. Na fase final, venceu a capital espanhola por 66 a 33 votos. Para o economista Gustavo Zimmermann, professor de Economia do Setor Público da Unicamp, ponderando-se os custos da Olimpíada e os benefícios que ela trará, o Brasil sairá perdendo. “Os recursos são escassos, e o Rio tem outras prioridades. Por exemplo, o estabelecimento de um plano de segurança”, afirma. A segurança é considerada um dos principais pré-requisitos do COI durante a escolha da sede de um evento como os Jogos Olímpicos, e, mesmo assim, a capital fluminense deixou para trás cidades-exemplo nesse quesito, caso de Tóquio, onde se registram cerca de apenas quatro acidentes por ano envolvendo armas de fogo. Zimmermann prevê que a segurança durante os Jogos Olímpicos, que provavelmente contará com o apoio do Exército, assim como ocorreu durante os Jogos Pan-americanos, em 2007, não será mantida depois do término das competições e, portanto, o carioca terá uma sensação passageira de que o Rio se tornou uma cidade segura. Alberto Murray Neto, ex-membro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), é outro crítico da realização do evento no Brasil. Segundo ele, o País tem outras prioridades e carências sociais para serem resolvidas, como a educação, saúde, esporte para todos e habitação. Por outro lado, os que são a favor apostam na criação de emprego, capacitação de mão-de-obra e na melhoria da infra-estrutura da cidade. O economista Zimmermann, no entanto, rebate tais perspectivas e deixa clara que nada disso aconteceu quando o Rio organizou os Jogos Pan-americanos.

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