domingo, 22 de junho de 2014

Trabalho escravo por trás dos panos

Você sabia que os produtos da escravidão contemporânea estão até em shopping centers?














Três dias de viagem de ônibus e a expectativa de uma vida melhor. Foi assim que os bolivianos Marco Antonio Gutierrez e Maria Blanca Paco chegaram a São Paulo, há 16 anos. Eles não compreendiam a língua portuguesa, mas conseguiram chegar ao bairro do Brás, na região central da cidade, com a ajuda de conterrâneos. Ali, o casal foi admitido em uma fábrica de roupas.
O que parecia a realização de um sonho logo se tornou um pesadelo. O local de trabalho era um espaço apertado, cheio de máquinas de costura, cortes de tecido e mal ventilado. Eles dormiam ali mesmo, em um quartinho ao lado da oficina, e a refeição principal era o almoço preparado pelo dono do negócio. A jornada de trabalho começava às 8 horas e só terminava à meia-noite. Às vezes, eles passavam a madrugada costurando e não havia tempo nem para ir ao banheiro.
“Era muito cansativo, a gente trabalhava o dia inteiro e não entendia o idioma. Não sabíamos direito como o trabalho funcionava e não tinha como questionar nosso chefe”, relembra Marco. “No fim do mês, o dinheiro não dava para comprar nada e começamos a achar que algo estava errado”, relata Maria Blanca. O casal permaneceu nessa rotina extenuante durante três anos. Eles não sabiam, mas o trabalho que desempenhavam tinha características semelhantes à escravidão.
Mesmo após 126 anos do fim da escravatura, o Brasil ainda convive com uma versão moderna dos trabalhos forçados. No lugar de algemas, as vítimas enfrentam outras amarras: ameaças, jornadas de mais de 12 horas por dia, alojamentos precários, promessas não cumpridas e dívidas que as impedem de abandonar o posto.
Só em 2013, 2.063 pessoas foram resgatadas de regime análogo ao trabalho escravo no Brasil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O problema ocorre em todo o mundo. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que mais de 21 milhões de pessoas sejam mantidas em regime de escravidão.
São Paulo foi o segundo estado com mais casos de resgate de trabalhadores que eram mantidos como escravos em áreas urbanas. Segundo o MTE, o maior número de casos foi registrado na construção civil, seguido da indústria de confecção. Enquanto brasileiros da região Nordeste são recrutados para trabalhar em grandes obras, o setor têxtil costuma atrair imigrantes peruanos, bolivianos, colombianos e equatorianos.












A dificuldade com a língua, o desamparo, a falta de escolaridade e o medo de ser deportado levam muitos desses imigrantes para o caminho da exploração. É o que explica o pastor Ricardo Cis, que há oito anos coordena o trabalho de apoio que a Universal oferece à comunidade hispânica em São Paulo. “Muitos trabalham em troca de comida e ainda enfrentam o preconceito da sociedade”, avalia.
O pastor Ricardo diz que o ciclo do trabalho escravo inclui ilusão, humilhações, preconceito e baixa estima. “Muitos consomem bebidas alcoólicas para se anestesiar. Eles não têm direitos como cidadão nem endereço, tudo é muito difícil. Alguns perdem a esperança, acham que não há solução”, afirma.
Enquanto os governos tentam combater a exploração da mão de obra no País, o pastor acredita que parte da solução está em orientar esses trabalhadores e em oferecer apoio e educação. “Na Universal, nós recuperamos a autoestima deles, mostramos que é possível mudar de vida e oferecemos ajuda para que regularizem sua situação no País. Eles se sentem acolhidos, pois fazemos reuniões em espanhol, trazemos Bíblias e isso desperta neles o interesse em voltar a ler e estudar”, conta, acrescentando que muitos imigrantes que participaram das reuniões conseguiram sair do trabalho ilegal.
Esse é o caso da boliviana Alicia Felicidad Calle Torrez, de 41 anos. Ela chegou ao Brasil há 13 anos para trabalhar em uma oficina de costura. “Eu não saía muito às ruas. Só no fim de semana. Trabalhava o dia inteiro e dormia na oficina. Às vezes, trabalhava a noite inteira para cumprir prazos, os patrões diziam que as peças já estavam vendidas”, lembra.
Alicia passou por vários locais de trabalho, mas continuava a se sentir desamparada. Ela garante que tudo mudou quando começou a frequentar a Universal, há um ano. “Mudei minha forma de pensar, antes eu me sentia sozinha, agora sinto uma paz dentro de mim”, diz, com um sorriso. Há um ano, ela conseguiu um emprego formal. “Hoje, tenho carteira assinada, trabalho só de segunda a sexta-feira, posso descansar e ficar com minhas filhas”, diz a boliviana, que vive com as filhas Mary Luz, de 19 anos, e Alexandra, de 12.
Vida renovada













O casal Marco Antonio Gutierrez e Maria Blanca Paco, citados no início da reportagem, também passou por uma transformação. Após três anos trabalhando noite e dia, eles conseguiram empregos com salários melhores. Juntaram dinheiro e iniciaram a própria confecção de roupas. A vida estava melhorando, mas Marco começou a beber e a gastar dinheiro em bingos.
“Comecei a frequentar a Universal há oito anos e parei de beber. Aqui encontramos apoio, é como uma família”, conta Marco. “Nós conseguimos retomar nossa vida, hoje o negócio vai bem. Paramos de brigar e temos mais diálogo em casa”, arremata Maria Blanca. O casal, ambos com 35 anos, pretende continuar a vida no Brasil ao lado da filha Karina, de 15 anos.
A história de Edson Sidnei Coche, de 25 anos, é outra que mescla costura com empreendedorismo. Nascido no Brasil e com pais bolivianos, ele chegou a fazer jornadas de 23 horas seguidas em uma confecção quando era adolescente. “Achava que a vida seria daquele jeito. Na Universal, eles me incentivaram a crescer.”
Em 2007, Edson criou um novo modelo de bolsa feminina e, com a ajuda do pai, começou a receber encomendas para fazer a peça. Ele usou os lucros para comprar uma máquina de costura. Hoje, Edson cria modelos de roupas e mantém uma confecção com a esposa, Karen, de 26 anos. “Jesus nos dá a direção, hoje vendemos na feirinha do Brás e estamos crescendo”, comemora Edson.
Luxo esconde escravidão












Roupas caras e luxuosas não são garantia de produto dentro da lei. Investigações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que muitas grifes nacionais e internacionais cometem irregularidades na produção de suas peças. Enquanto vendem roupas por centenas de reais em vitrines de shoppings centers de todo o País, essas marcas exploram pessoas e desrespeitam as leis trabalhistas.
E você, sabe onde são produzidas as peças que você compra? Para saber se a roupa que você veste foi produzida com trabalho análogo à escravidão, uma opção é baixar o aplicativo gratuito Moda Livre, disponível para os sistemas Android e iOS. Ele indica o que cada empresa tem feito para garantir boas condições de trabalho e lista todas as marcas envolvidas em denúncias. O app é mantido pela Repórter Brasil, organização que combate o trabalho escravo.
Denuncie
Disque 100: telefone gratuito que recebe denúncias de violações de direitos humanos.
O anonimato é garantido
Faça denúncias diretamente no site do Ministério do Trabalho e Emprego







Animando o evento esteve presente a primeira cantora gospel da Igreja Universal do Reino de Deus Cristina Miranda.
Pastor Geraldo Vilhena(coordenador de evangelização em unidades da Fundação CASA de São Paulo )iniciou o evento com uma oração em favor dos internos e famílias

Nos últimos tempos em todo o universo, tem acontecido coisas espantosas como catástrofes naturais, guerras,doenças,fome e principalmente o avanço das drogas no meio da sociedade.

Quando nos falamos sobre drogas,  nos ficamos mais revoltados contra as forças do mal, pois é ele que é o responsável por qualquer tipo de vícios. Uma pessoa viciada, ela só pode se livrar desta maldição, com a fé sobrenatural. Ela pode até ficar em uma clínica fazendo terapia, tomando remédios mais meus amigos tudo temporário, este temporário pode durar até mais de dez anos em qualquer momento em uma emoção forte ela vai com certeza usar a maldita droga.
Meus amigos não tem outra saída se não a entrega de cem por cento  para o Senhor Jesus.


Leia com  atenção os depoimentos destas pessoas, que conseguiram se livrar desta maldição, mesmo assim saído com seqüelas..



Aconteceu nesta último sábado na Fundação CASA do Bom Retiro feminino  uma palestra sobre drogas ministrada pelo palestrante Robson de Freitas  integrante do Bloco de Ajuda aos Dependentes Químico grupo da UNIVERSAL

Robson relata como iniciou sua jornada no mundo das drogas,
Começou aos 13 anos na escola por simples curiosidade do efeito que a cocaína
Podia trazer depois de cheirada.
Ele não teve nenhuma informação ou orientação sobre os efeitos que as drogas podiam causar ao seu organismo.
E foi assim que começou se envolveu com todos os tipos de drogas permanecendo 10 anos nesta vida. ,e para sustentar o vicio, começou a roubar carro sempre armado com duas pistolas na cintura.
Passou por duas over doses, ficou tremendo todo e somente ouvia as vozes.
Dos parceiros em volta.

Ele se libertou do crime e das drogas porem perdeu uma perna.
No final da palestra o pastor Geraldo Vilhena, fez uma oração para arrancar o espírito do vicio das internas e famílias.
No final os voluntários da UNIVERSAL que fazem a obra de Deus na Fundação CASA oferecem um delicioso café para as internas e famílias.



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