terça-feira, 1 de janeiro de 2013

As profecias que previam a extinção da raça humana na Terra este ano não se concretizaram e nenhum evento apocalíptico aconteceu. Que venha, então, 2013!




O planeta Nibiru não apareceu, nenhuma tempestade solar afetou a Terra e as interpretações sobre o Calendário Maia, certamente, estavam equivocadas. As profecias apocalípticas que previam o fim dos tempos para 2012 não se realizaram. O mundo não acabou e, se você está lendo este texto, é sinal de que a vida segue. Ainda bem. 

Não houve motivo para pânico. Em novembro, a agência espacial norte-americana Nasa garantiu que o mundo não acabaria. O diretor David Morrison, do Centro Carl Sagan, disse que as profecias eram “uma fábrica de mentiras” e que o problema real eram os efeitos que elas causavam na população. Segundo ele, pessoas estavam sem comer, dormir e alguns falavam em suicídio. 

Em Teresina, no Piauí, um homem que se dizia profeta reuniu mais de cem pessoas na própria casa, para esperar o fim do mundo no dia 12 de outubro. No local, foram encontrados sacos contendo veneno de rato, o que leva a crer que um suicídio coletivo seria realizado. O falso profeta foi preso e noticiado em portais internacionais, como The Sun e Daily Mail. 

O astrônomo Leandro Guedes, da Fundação Planetária do Rio de Janeiro, acredita que é preciso uma maior compreensão da ciência, para que as pessoas não creiam em tudo, sem buscar explicações ou checar fontes de informação. “Uma sociedade menos competitiva e agressiva seria menos neurótica e, dificilmente, Nibirus e falsas profecias maias ganhariam tanta atenção.”

O Ministério de Situações de Emergências da Rússia emitiu uma declaração no mês passado para garantir que o mundo não acabaria. Em março, a Nasa divulgou um vídeo (http://youtube/RaKcPEBiZZw) para desmistificar as teorias do fim. Nele, o cientista do laboratório de Propulsão de Jatos Don Yeomans negou a existência do planeta Nibiru, que estaria em rota de colisão com a Terra. Com a alta tecnologia, capaz de monitorar o sistema solar de forma eficiente, seria possível detectá-lo com antecedência.

Yeomans também explica que a comoção em torno do dia 21 de dezembro teve início com as interpretações sobre os estudos da civilização maia. A data seria a última do calendário daquele povo, que viveu na região onde hoje fica o sul do México, há cerca de 4 mil anos. 

Leandro Guedes diz que os maias marcavam o tempo por meio de várias contagens cíclicas, feitas a partir de observação de eventos da natureza, como fases da Lua, estações do ano e posições dos planetas no céu. “Os maias jamais falaram em fim do mundo no sentido hollywoodiano, com maremotos ou asteróides se chocando com a Terra. Eles falavam com base só na renovação do mundo, nunca em sua destruição.”

O físico e astrônomo Eduardo Serra Cypriano, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, também confirmou que eventos catastróficos não estavam previstos: “Diria que a possibilidade de o fim do planeta Terra acontecer este ano era zero”. Mas a chance do fim não está descartada. Cypriano diz que a Terra vai acabar com a fase das gigantes vermelhas do Sol (tempestades solares), que é a fase avançada da evolução estelar. O Sol irá se expandir e os raios atingirão as órbitas dos planetas mais próximos de forma intensa, destruindo-os. “Mas isso vai ocorrer daqui a 5 bilhões de anos”, tranquiliza. 

Profecias furadas

- Em 1910, com a passagem do cometa Halley, muitos acreditavam que o planeta seria atingido por um gás mortal, o cianeto, que integra as caudas de cometas. O pânico acabou quando cientistas anunciaram que não havia nada a temer. 

- Em 1997, uma rádio americana espalhou boatos sobre a passagem do cometa Hale-Bopp e, com ele, uma nave alienígena. A seita Heaven’s Gate (Portão do Céu) concluiu que o mundo acabaria em breve e os 39 integrantes cometeram suicídio, para não presenciarem o apocalipse. 

- As escritas repletas de metáforas do profeta francês Nostradamus sempre intrigaram as pessoas. Um dos seus textos dizia que “em 1999, no sétimo mês, do céu virá um grande rei do terror”. Não veio. 

- Na virada do ano de 1999 para 2000, imaginava-se que os computadores poderiam causar o fim da vida moderna, pois não conseguiriam diferenciar as datas entre 2000 e 1900. Apenas algumas falhas eletrônicas aconteceram. 

- Para Richard Noone, autor do livro “5/5/2000 Ice: the Ultimate Disaster” (sem edição brasileira), o mundo acabaria em 5 de maio de 2000, quando os planetas ficariam alinhados no céu e resultariam em um degelo global. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

MACACO LADRÃO PM 1