quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Brasil: violência em 1º lugar. País ostenta títulos horripilantes na área de segurança. As pessoas têm medo de arrastões em prédios, restaurantes, nos faróis... A violência está em todo lugar e atinge todas as classes e regiões brasileiras



Há pelo menos 30 anos, o Brasil vive uma epidemia que já tirou a vida de mais de um milhão de pessoas. Só em 2010, foram 49.932 mortos. Mesmo com o 6o lugar na lista das dez nações mais ricas do mundo, o País não consegue controlar os números escandalosos da violência. Um brasileiro é assassinado a cada 9 minutos e 48 segundos. Se continuar nesse ritmo, o ano vai terminar com 53,8 mil homicídios, segundo o Instituto Avante Brasil (IAB). “É uma pandemia estrutural, difícil de erradicar”, avalia o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, responsável pela série de estudos “Mapa da Violência”. 

Os homicídios cresceram 259% entre 1980 e 2010. No mesmo período, a taxa de mortes entre crianças e adolescentes até 19 anos subiu 346,4% e os assassinatos de mulheres aumentaram 230%. O “Mapa da Violência 2012 - A Cor dos Homicídios”, divulgado há poucos dias pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, mostra que morrem vítimas de homicídio 132,3% mais negros do que brancos. “O desrespeito aos direitos humanos está presente no País, faz parte do histórico de escravidão, pobreza e desigualdade social. Não temos conflitos, mas há uma situação de guerra”, diz Maurício Santoro, assessor de Direitos Humanos da ONG Anistia Internacional no Brasil. “Demoramos para pensar em segurança pública, isso só começou a mudar agora.”

A opinião é reforçada por Natália Macedo Samzovo, do IAB. “Enquanto países com destaque na economia têm bons índices de desenvolvimento humano, no Brasil faltam investimentos em educação e em políticas que tornem o país mais igualitário”, diz.

A variação do número de homicídios entre os Estados, que chega a 66,8 mortos por 100 mil habitantes em Alagoas, exige estratégias diferenciadas de segurança pública. “A gente precisa identificar fatores de risco e elaborar a prevenção. Roubo seguido de morte, briga, tráfico, mortes de jovens, para cada ‘doença’ há um ‘remédio’. Aí entram o papel da cultura, da assistência social e o do controle de armas”, opina a diretora do Instituto Sou da Paz, Luciana Guimarães. (Veja mais informações sobre as taxas de homicídio nas capitais brasileiras no infográfico abaixo)


“Só tivemos medidas ‘tópicas’ imediatas, mas o problema é nacional. É obrigação do governo federal articular estratégias para combater as organizações criminosas”, defende Julio Jacobo Waiselfisz.

O analista criminal Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, tem opinião semelhante. Ele apoia a cooperação anunciada em novembro pelo Ministério da Justiça e pelo governo de São Paulo para combater a onda de crimes no Estado. Apesar de ter a menor taxa de homicídios do País, São Paulo registra centenas de civis mortos, muitos em chacinas, e 100 policiais assassinados desde junho. Só em outubro, os homicídios aumentaram 48% em relação ao mesmo período de 2011. O ex delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, admitiu, antes de deixar o cargo no fim de novembro, que havia indícios da participação de policiais militares nos assassinatos. Procurada pela Folha Universal, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que todas as hipóteses estão sendo apuradas.

“O aumento das mortes foi provocado pelos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas) contra policiais e pela resposta de grupos de extermínio a supostos criminosos. Acabaram matando inocentes”, diz Guaracy. Para ele, a solução é criar forças-tarefa para investigar e coibir assassinatos de civis e policiais, além de desarticular o crime organizado a médio e longo prazos. “Investir em treinamento é importante, muitos policiais não estão preparados.” 

A atuação agressiva de alguns policiais e a falta de políticas de prevenção também são apontadas como entraves para o controle da violência. A avaliação é da coordenadora do movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, que defende a desmilitarização da PM. 

Débora criou o Mães de Maio depois que o filho, o gari Edson Rogério da Silva dos Santos, de 29 anos, foi assassinado na série de execuções ocorridas no Estado de São Paulo entre 12 e 20 de maio de 2006. “Os crimes de maio não foram investigados, morreram trabalhadores e policiais, a impunidade mata”, afirma. 


O relatório “São Paulo sob achaque”, publicado em 2011 pela ONG Justiça Global e pela Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, apontou indícios de envolvimento de policiais em 122 execuções que teriam ocorrido em confrontos com o PCC ou por ações de grupos de extermínio. Ao todo, 43 agentes públicos morreram. “Quem mora na periferia é criminalizado, tratado como suspeito”, alerta Débora, reforçando a necessidade de políticas sociais e de educação direcionadas. “A dor é a mesma para a mãe do cidadão comum, do bandido ou do policial”, completa.

Carmen Sacramento Prudente de Aquino é outra mãe que perdeu o filho assassinado. O publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 39 anos, foi executado em julho deste ano, dentro do carro dele, durante abordagem policial num bairro nobre da zona oeste de São Paulo. Três policiais chegaram a ser presos, mas respondem ao processo em liberdade. Carmen e familiares criaram o movimento “Quero Mais, Quero Paz” logo após a morte de Ricardo. “Não tenho ódio nem raiva, eu vejo amor. Quero mobilizar a sociedade para combater os assassinatos, só quem é mãe sabe a angústia de perder um filho”, desabafa. “Há notícias de mortes em todos os lugares, não tem essa de pobre ou rico, são pessoas morrendo sem controle.”

Defensores de direitos humanos também são alvos da violência, indica o relatório divulgado no último dia 7 pela Anistia Internacional. Entre 300 casos analisados em 13 países, está o da juíza brasileira Patrícia Acioli, responsável por julgar crimes de violência policial no Rio, assassinada em 2011. O documento “Transformando Dor em Esperança - Defensoras e Defensores dos Direitos Humanos nas Américas” revela que os ativistas mais intimidados estão ligados a questões como recursos naturais, direito das mulheres e de lésbicas, gays, bissexuais, intersexuais, abusos contra migrantes, jornalistas e sindicalistas. Segundo o estudo, a perseguição seria promovida por forças de segurança, grupos paramilitares e crime organizado. Para o presidente da ONG no Brasil, Atila Roque, vários “programas de expansão da área agrícola ou de infraestrutura são acompanhados de forte componente de violência e de violação de direitos”. A redução da violência passa por uma reforma no sistema prisional, crê Maurício Santoro. “A prisão é parte da solução, temos de fazer com que os criminosos não continuem no crime. Há 500 mil presos, é tanta gente que acaba criando uma massa de manobra para organizações criminosas.”

O Brasil no ranking da violência

Entre dezenas de países, o Brasil está entre as nações que registram os piores números. Pesquisas mostram que o número de assassinatos aumentou no País nos últimos 30 anos


Negros jovens são alvo maior

O total de negros assassinados no Brasil é 132% maior do que o de brancos. A taxa de homicídios entre brancos caiu 24,8% de 2002 a 2010, a de negros cresceu 5,6%. A situação é pior entre os jovens. A cada jovem branco vítima de homicídio morrem 2,5 jovens negros. Alagoas é onde morrem mais negros, proporcionalmente. São 80,5 casos por 100 mil, contra 4,4 em 100 mil entre brancos. Os dados são do “Mapa da Violência 2012 – A cor dos homicídios”, feito em parceria com a Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial. Pretos e pardos são considerados negros. Pelo estudo, o aumento da vitimização de negros remete a políticas de segurança e proteção da cidadania que incidem de forma diferenciada nos segmentos da população. “É fruto de 500 anos de um país que se construiu com a escravidão. A morte de negros não choca”, diz Douglas Belchior, integrante do Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra e Periférica de São Paulo. 

Mulheres são mortas em casa

O Brasil é o 70 país com mais homicídios de mulheres entre 84 nações, segundo o “Mapa da Violência 2012: Homicídios de Mulheres”. De 1980 a 2010, esses crimes cresceram 230%. Das quase 92 mil mortes em 30 anos, 43,4 mil ocorreram entre 2000 e 2010. Mais de 70% dos agressores são cônjuges ou companheiros da vítima e 69% dos casos ocorrem em casa. Mesmo com os 6 anos da Lei Maria da Penha, a impunidade ainda é obstáculo. “A lei está entre as melhores do mundo, mas é precisa ser bem aplicada. Há um compromisso com o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça para agilizar os processos”, diz Glaucia de Souza, coordenadora-geral de Fortalecimento da Rede de Atendimento da Secretaria de Políticas para as Mulheres. “Estamos ampliando a rede de atendimento. Outro problema são os valores machistas, precisamos mudar esses conceitos”, diz.

Motivo fútil provoca a maioria dos crimes

Brigas de bar, conflitos no trânsito, discussões e ciúme são as causas de boa parte dos assassinatos no País. Entre 25% e 80% dos homicídios registrados entre 2011 e 2012 foram cometidos por impulso ou motivo fútil, segundo levantamento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com dados de 15 Estados e do Distrito Federal. A campanha “Conte até 10” foi lançada em novembro para tentar reverter esse quadro e faz parte da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública. “A violência se banalizou, estamos tão acostumados que os assassinatos já não chocam. A ideia é chamar a atenção para um ato impensado, que pode ser evitado com uma atitude mais pacífica”, explica Taís Ferraz, conselheira do CNMP e coordenadora da campanha. “Precisamos romper esse ciclo de violência e disseminar a paz. Aqueles que crescem em contextos de violência tendem a repetir e a aceitar essa realidade”. Em 2013, a campanha vai promover ações específicas em escolas e estádios de futebol, entre outros locais
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Igreja Universal do Reino de Deus realiza a Santa Ceia  na Fundação Casa.

Uma vez por mes é realizada a mais importante cerimônia na Igreja Universal do Reino de Deus, a Santa Ceia. Na Fundação Casa não é diferente, também é realizada esta cerimonia a cada mes.Com a responsabilidade do Pastor Geraldo Vilhena e uma equipe de voluntários que fazem a obra de Deus na Fundação Casa.

Antes do início da cerimônia o pastor Geraldo Vilhena, ensina sobre os dois elementos que fazem parte da Santa Ceia (pão e suco de uva) o pão simboliza o corpo de Senhor Jesus e o suco de uva o Sangue do Senhor Jesus.

"Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;" (I Coríntios 11 : 23)

"Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha." (I Coríntios 11 : 26)

Foi ensinado também a importancia da Santa Ceia o seu significado e quem está preparado para participar de cerimônia.

"Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor." (I Coríntios 11 : 27)
Logo após a mensagem os voluntários servem a pão e o suco de uva aos adolescentes


Pastor Geraldo Vilhena, serve a Santa Ceia para os voluntários que fazem a obra de Deus dentro da Fundação Casa.



No final muitos jovens receberam o Espírito Santo.





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