CHACINA NO CAMPO: EM MENOS DE UMA SEMANA, QUATRO ASSASSINATOS EM ÁREAS DE EXPLORAÇÃO ILEGAL DE LENHA E MADEIRA, NO NORTE DO PAÍS; POLÍCIA ACREDITA EM "CRIMES ENCOMENDADOS"
O líder do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), Adelino Ramos, conhecido como Dinho, e que sobreviveu ao Massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995, foi assassinado na manhã desta sexta feira, dia 27, em Vista Alegre do Abunã, na região da Ponta de Abunã, município de Porto Velho, capital de Rondônia. O crime ocorreu enquanto Dinho vendia verduras, que eram cultivadas no acampamento onde ele vivia.
As circunstâncias apuradas pela polícia até agora levam a crer em crime encomendado, uma vez que Dinho vinha denunciando a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia. Há menos de um ano, o líder do MCC confessou que estava sendo ameaçado havia anos e, em reunião realizada em julho do ano passado em Manaus-AM, com o ouvidor agrário nacional, tornou públicas as ameaças contra sua vida e o risco que corria.
FAROESTE NO NORTE DO BRASIL
Outros três assassinatos no campo, todos com fortes evidências de serem crimes encomendados, ocorreram na última semana.
No sábado, dia 28, a polícia encontrou o corpo do lavrador Heremilton Pereira dos Santos no meio da floresta, em Nova Ipixuna, no interior do Pará. Três dias depois, no sábado, e na mesma área, que fica no nordeste paraense, o casal de sindicalistas José Cláudio Silva e Maria do Espírito Santo foi assassinado.
Depois das mortes, o Ibama realizou uma operação na região e encontrou 13 pontos ilegais de extração de lenha e madeira. As mortes, acredita a polícia, estão associadas a possíveis denúncias contra os madeireiros que atuam no local.
GOVERNO PROVIDENCIA FISCALIZAÇÃO
Depois de quase duas horas de reunião, o governo anunciou a liberação de R$ 500 mil destinados ao envio de fiscais que irão atuar nas áreas de conflito do Amazonas e Pará. Um grupo interministerial para acompanhar a situação também será criado, bem como a instalação de dois escritórios para acelerar a regularização das terras. Operações de combate ao desmatamento, chamadas Arco de Fogo e Arco Verde, também serão postas em prática.
MEDIDAS INEFICAZES
A Pastoral da Terra, responsável pela manutenção do bem-estar das cerca de 125 mil pessoas que moram na região de conflito, acredita que as medidas sejam insuficientes. “O que tem que ocorrer naquela região são políticas que garantam, de fato, o direito daquela população. As medidas tomadas pelo governo são medidas paliativas”, disse o Coordenador
O líder do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), Adelino Ramos, conhecido como Dinho, e que sobreviveu ao Massacre de Corumbiara, ocorrido em agosto de 1995, foi assassinado na manhã desta sexta feira, dia 27, em Vista Alegre do Abunã, na região da Ponta de Abunã, município de Porto Velho, capital de Rondônia. O crime ocorreu enquanto Dinho vendia verduras, que eram cultivadas no acampamento onde ele vivia.
As circunstâncias apuradas pela polícia até agora levam a crer em crime encomendado, uma vez que Dinho vinha denunciando a ação de madeireiros na região da fronteira entre os estados de Acre, Amazônia e Rondônia. Há menos de um ano, o líder do MCC confessou que estava sendo ameaçado havia anos e, em reunião realizada em julho do ano passado em Manaus-AM, com o ouvidor agrário nacional, tornou públicas as ameaças contra sua vida e o risco que corria.
FAROESTE NO NORTE DO BRASIL
Outros três assassinatos no campo, todos com fortes evidências de serem crimes encomendados, ocorreram na última semana.
No sábado, dia 28, a polícia encontrou o corpo do lavrador Heremilton Pereira dos Santos no meio da floresta, em Nova Ipixuna, no interior do Pará. Três dias depois, no sábado, e na mesma área, que fica no nordeste paraense, o casal de sindicalistas José Cláudio Silva e Maria do Espírito Santo foi assassinado.
Depois das mortes, o Ibama realizou uma operação na região e encontrou 13 pontos ilegais de extração de lenha e madeira. As mortes, acredita a polícia, estão associadas a possíveis denúncias contra os madeireiros que atuam no local.
GOVERNO PROVIDENCIA FISCALIZAÇÃO
Depois de quase duas horas de reunião, o governo anunciou a liberação de R$ 500 mil destinados ao envio de fiscais que irão atuar nas áreas de conflito do Amazonas e Pará. Um grupo interministerial para acompanhar a situação também será criado, bem como a instalação de dois escritórios para acelerar a regularização das terras. Operações de combate ao desmatamento, chamadas Arco de Fogo e Arco Verde, também serão postas em prática.
MEDIDAS INEFICAZES
A Pastoral da Terra, responsável pela manutenção do bem-estar das cerca de 125 mil pessoas que moram na região de conflito, acredita que as medidas sejam insuficientes. “O que tem que ocorrer naquela região são políticas que garantam, de fato, o direito daquela população. As medidas tomadas pelo governo são medidas paliativas”, disse o Coordenador
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