quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Coração despedaçado
"As sensações físicas são típicas de um infarto, acompanhadas de dores no peito e falta de ar. Mas, cuidado, pode se tratar apenas de uma ‘dor de amor"
Dores no peito, profunda angústia, sensação de aperto no coração, falta de ar e calafrios. À primeira vista, qualquer um poderia associar tais sensações a um princípio de infarto. Mas não. Esses sintomas são comuns também em pessoas que estão passando pelo processo de frustração amorosa, como o término de uma relação ou por não serem correspondidas pelo parceiro da forma como desejada. Insônia, cansaço e altos níveis de ansiedade também podem se somar a esse desagradável quadro a que os pesquisadores do Hospital John Hopkins, nos EUA, chamam de "Síndrome do Desgosto Amoroso".
Ainda de acordo com os pesquisadores americanos, a síndrome pode se manifestar também na fase inicial de um relacionamento afetivo, mesmo quando está tudo indo bem e não há motivos para preocupação. "Quando as pessoas começam um relacionamento, geralmente elas ficam muito ansiosas, se preocupam demais em atender às expectativas do outro e estão permanentemente alertas, procurando avaliar se suas próprias expectativas também serão atendidas. Essa carga de estresse pode desencadear sintomas típicos da Síndrome do Desgosto Amoroso, com a diferença que, neste caso, ela é passageira", explicam os cientistas.
Já nos casos em que o estresse é proveniente da decepção, os sintomas tendem a se prolongar e, não raro, pessoas mais sensíveis acabam precisando de tratamento à base de antidepressivos. Nestes casos, para que o coração continue saudável, os médicos aconselham a reagir contra a desilusão. Exercícios de respiração, relaxamento e meditação ajudam bastante, garantem. Outra dica importante é saber avaliar se a pessoal pela qual se está sofrendo não foi demasiadamente idealizada, ou então se o problema não é de grande incompatibilidade.
De qualquer modo, quando a síndrome der sinais de que não que ir embora, o melhor a fazer é desabafar com alguém de confiança. "Chore se for preciso, coloque tudo para fora!", aconselham os médicos. Mas se você é daquelas pessoas que não gostam de dividir seus problemas com outros, a recomendação é buscar ajuda terapêutica o quanto antes.
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