O bullying, ou violência moral, é caracterizado por atitudes agressivas, humilhantes, intencionais e repetitivas contra indivíduos que pertencem a grupos que expressam algum tipo de inferioridade. Apesar de se manifestar nos mais diversos ambientes, como no trabalho, nas universidades e até entre vizinhos, é na escola que o bulliyng tem ocorrido com maior frequência. Algumas pesquisas têm mostrado que, atualmente, entre 5% e 35% dos adolescentes em idade escolar, em todo o mundo, já sofreram algum tipo de violência moral nas escolas. No Brasil, dados que englobam agressores, vítimas ou ambas as partes, revelaram que, dos 5.482 alunos entre 5ª a 8ª séries de 11 escolas analisadas no Rio de Janeiro, mais de 40,5% deles admitiram ter praticado ou ter sido vítimas de bullying em 2007. Atualmente, esse índice saltou para 68%. O número de alunos ouvidos foi o mesmo. Além da evasão escolar, as consequências geradas pelo bullying são observadas tanto no agressor, que se torna uma pessoa violenta com atitudes delinquentes na sociedade, quanto na vítima, que pode se tornar uma pessoa recuada e com dificuldades de socialização. Casos de vítimas que se tornaram usuárias de drogas são também bastante comuns. Outros distúrbios de cunho psicológico podem se manifestar na vítima de violência física ou moral. Os principais são a depressão, a perda da autoestima, estresse e irritabilidade e alterações significativas de personalidade. Procurando conter a violência no ambiente escolar, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) tem desenvolvido, no Rio de Janeiro, um projeto em 11 escolas da rede pública e particular, cujo objetivo e debater com pais, professores e alunos as formas de evitar os avanços do bullying no ambiente sócio-escolar.
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