quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DÍVIDAS


DÍVIDAS:DIANTE DELAS, O MAIS DIFÍCIL É VENCER O SENTIMENTO DE IMPOTÊNCIA, A HUMILHAÇÃO DOS CREDORES OU A BAIXA AUTOESTIMA? De acordo com dados obtidos através do Banco Central (BC) e divulgados recentemente pelo jornal O Estado de São Paulo, o endividamento do brasileiro cresceu 47% nos últimos 26 meses e, no primeiro semestre de 2009, o valor dessa dívida atingiu 35% da renda anual dos inadimplentes. O BC informou também que a inadimplência de pessoa física bateu recorde histórico em maio de 2008. Segundo o BC, o crescimento do nível de endividamento das famílias brasileiras é um movimento associado ao próprio desenvolvimento do mercado de crédito, que era “incipiente” antes da consolidação da estabilidade da economia mundial. Mesmo assim, a partir de julho de 2009 começou-se a observar, ainda que de forma modesta, novo declínio no número de inadimplentes. O BC se mostra otimista com relação ao futuro financeiro das famílias brasileiras, mas acredita que o momento, pós-crise, pede cautela. A justificativa para o período de atenção se sustenta nos próprios dados divulgados pelo Banco Central: – Mais de 15 milhões de clientes de bancos têm dívidas acima de R$ 5.000, número 47% maior que o medido em dezembro de 2005 e 13,6% maior que a marca alcançada um ano atrás; – São 80 milhões de clientes com alguma dívida, mesmo que pequena; – Cada consumidor tem, em média, três débitos diferentes (carro, casa e empréstimo); – O uso do rotativo do cartão de crédito (não pagamento integral da fatura) cresceu 30,4% nos últimos 12 meses, ficando atrás apenas do crédito consignado (crescimento de 31,9%); – As dívidas das pessoas físicas com os bancos somam R$ 442,4 bilhões. Desse total, 33% (R$ 146 bi) vencem em até 180 dias e 16,8% (R$ 74,7 bi) vencem em até 360 dias. Para os economistas, o brasileiro tem se endividado mais porque está mais otimista com a situação do País. Talvez, até mais otimista do que pode sugerir a realidade. Por isso mesmo, eles aconselham: “Independentemente da situação do País, o mais seguro e prudente é evitar dívidas. A regra é simples: não deixe de comprar, mas compre apenas quando tiver dinheiro.”

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