sábado, 5 de setembro de 2009

Adolescência de risco


Adolescência de risco
No Brasil, 2,03 jovens são assassinados a cada grupo de mil Um em cada 500 adolescentes brasileiros será morto antes dos 19 anos. É o que mostra um estudo do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Observatório de Favelas. A pesquisa, realizada em 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, aborda a situação de jovens de 12 a 19 anos. O resultado é o chamado Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que mede a probabilidade de um adolescente morrer. O valor do IHA brasileiro é de 2,03, na média. Isso significa que 2,03 jovens, em cada mil, serão assassinados antes dos 19 anos. O número total de jovens que morrerão entre 2006 e 2012 é de 33.504, e os assassinatos representam 46% desse total. “Conheço o caso de uma mãe que perdeu os dois filhos nessa faixa de idade, um com 17 anos e outro com 15. Eles foram assassinados, pois o mais velho estava envolvido com drogas”, conta Conceição Paganelli, presidente da Associação de Mães e Amigos de Crianças e Adolescentes em Situação de Risco (Amar). Mesmo quando as mortes não acontecem na adolescência, o envolvimento com drogas geralmente aparece nesse período, e é um dos principais fatores para os homicídios. A aposentada Maria Eugênia Campelo, de 69 anos, teve o único filho, então com 27 anos, assassinado depois que ele se envolveu com drogas ainda na adolescência. “Ele começou a entrar nessa quando tinha uns 13. Eu aconselhava, mandei meu filho para temporadas fora de São Paulo, mas, quando ele voltava à cidade tudo recomeçava. Não teve jeito”, conta ela com os olhos marejados ao rever a foto do filho pela primeira vez desde 2003, quando ele foi morto com dez tiros. O estudo relaciona ainda as cidades mais violentas para os jovens (veja tabela na página 16). Para Corina Macedo, supervisora geral da Associação Educacional e Assistencial Casa do Zezinho, de São Paulo, essa faixa etária é marcada pela transição da infância para a adolescência e dela para a vida adulta. Mudanças que tornam os jovens facilmente influenciáveis. “É preciso apoiar o jovem nessa idade, para evitar o desvio de caminho”, acredita. “Todos sabem porque o jovem morre e como se envolve com drogas. Por isso, me dá agonia quando vejo essas crianças aí soltas”, acrescenta Maria Eugênia, apontando para crianças de menos de 5 anos brincando na rua da favela onde mora, em São Paulo. (A.M.)

Um comentário:

  1. Boa noite amigos do blog, vivemos em um mundo de violência onde os que tem sido mais atingidos são nossos jovens que estão a merce de uma soicidade que não tem investido na educação, faço um trabalho dentro da fundação casa onde tenho relatos dos jovens o que tem levado a maioria deles para a marginalidade são as drogas uma maneira fácil de si ganhar dinheiro, a ilusão que o mundo apresenta mais a palavra de Deus afirma em provérbios 3,1,2 Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos, porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz.

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