domingo, 14 de junho de 2009

ANTES DO FIM

Antes do fim





Antes do fim



Por Fernando Gazzaneo fernando.gazzaneo@folhauniversal.com.br




Os ponteiros do relógio ainda não marcavam 8h e o Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, estava lotado. Do lado de fora e nos corredores, pacientes aguardavam por atendimento. A agitação era a mesma no Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (Nadi). Naquela segunda-feira de maio, a rotina de alguns dos profissionais do Nadi se desenrolaria fora das dependências do hospital. Na parede do escritório, finas tiras de papel presas em um mapa da cidade de São Paulo dão a dimensão do trabalho: cada tira representa um dos cerca de 160 pacientes atendidos. Todo dia, duas equipes – formadas por médico, enfermeira, assistente social e fisioterapeuta – partem do HC para atender oito pacientes na capital paulista. O motivo da visita é o mesmo: proporcionar conforto físico e emocional para quem não pode mais contar com as chances de ser curado. O trabalho do Hospital das Clínicas é exemplo de um atendimento médico que tem ganhado força no País nas últimas 2 décadas. Equipes multidisciplinares são formadas para trabalhar com os chamados cuidados paliativos, que consistem em controlar a dor, proporcionar apoio emocional e ajudar na preparação do doente e da família para a iminência da morte. Naquele dia, a primeira paciente a ser atendida pelos profissionais do Nadi foi a aposentada Neide Campos da Silva, que vive com a filha na zona norte da cidade, e sofre de doença degenerativa que ataca o sistema nervoso. O domicílio é frequentado pelos profissionais do HC há 5 meses. Dadas as boas-vindas, é preciso que a equipe convença a paciente de que é necessário verificar se o aparelho que a auxilia na respiração está em perfeito estado. “Qualquer intervenção deve priorizar o bem-estar de quem está doente”, diz a médica Angélica Yamaguchi, responsável pelos cuidados médicos do Nadi. Angélica é geriatra, tem 38 anos e trabalha há pelo menos 13 deles com o atendimento de pacientes em estágio avançado de alguma doença. “Estes são os pacientes que ninguém quer mais atender e que são desprezados com todo seu histórico de vida”, conta. Para lidar de forma tão próxima com fim da vida, como ela relata, é preciso lidar com aquilo que todos os médicos tentam evitar: o sentimento de impotência. “É claro que nos sentimos impotentes. Mas tentamos focar na vida, ainda que esteja por um fio”, reflete.Como a visita do Nadi acontece, geralmente, uma vez por mês, é preciso que a equipe multidisciplinar se encarregue também de treinar algum familiar para realizar os cuidados com o doente. A dona de casa Rosângela Lima acompanha de perto a evolução da doença do filho Thiago, de 27 anos. Ele sofre de uma distrofia muscular que o impossibilita de realizar sozinho as atividades mais simples. A presença dos profissionais do Nadi é motivo para que Rosângela comece a falar, quase sem pausas, do sofrimento vivido.“Eu fico em casa o tempo todo. Não consigo sair de perto dele porque a preocupação está aqui dentro, me acompanha pra onde eu for.” Fora da casa, o tom da conversa entre a mãe e os profissionais é mais tenso. “O meu medo é que ele piore, tenha que ser levado ao hospital e nunca mais volte”, diz Rosangêla. Com cuidado, e firmeza, a médica responde: “Mas isso pode acontecer mesmo. Nós estamos de sobreaviso. Hoje, vimos que ele está respirando melhor, o que é ótimo”, completa Angélica. Nem anos de experiência com terminais deixa os integrantes do Nadi indiferentes . “A gente sofre porque acompanha um paciente durante meses e, depois que ele morre, fica a sensação de vazio. Mas preciso ter a serenidade para poder entrar no quarto ao lado, onde está um outro em situação crítica, e encará-lo como se fosse único”, relata a geriatra Ana Cláudia Arantes. A especialista trabalha com pacientes terminais há mais de 10 anos e, além de coordenar o treinamento de cuidados paliativos no Hospital Albert Einstein, de São Paulo, é também fundadora da Casa do Cuidar, que desempenha atendimento multidisciplinar semelhante ao do Nadi. “Na universidade, o que se aprende é que o sucesso está vinculado à cura. Mas a partir do momento que se entende que não há quem ganhe da morte, você encara o processo de morte como parte da vida e que precisa de cuidados, como no nascimento.” A médica Ana Cláudia exemplifica. “Quando você trabalhar bem, oferecendo conforto físico e emocional para os doentes e familiares, você vai encontrar todo mundo com os olhos vermelhos de choro, mas com um sorriso estampado na face. De alguma forma, aquelas pessoas estavam preparadas. Há uma tristeza pura, não contaminada, mas, acima de tudo, há a certeza de que tudo foi feito.” Em meio a uma rotina marcada por perdas, a impressão de Ana Cláudia é de estar diante (e também de fazer parte) de um filme no qual a cena final é capaz de dar significado a todo o resto da história: Valéria*, após dormir durante 4 dias seguidos sob o efeito de fortes sedativos, era capaz de acordar com um sorriso enternecedor e pedir pão com mortadela e bacon frito para o lanche, com um apetite de bela adormecida; a garota Joana*, que sofria de leucemia, lotou o restaurante do hospital para o aniversário dela e ainda arrumou disposição para ir aos shows de bandas de rock; Carla*, com metástase (câncer generalizado), encarou de frente o tratamento e brindava com uísque o início de todas as noites; e Júlio*, depois de escalar montanhas e despencar de uma delas, considerou um passeio até o café do hospital a melhor viagem da vida dele. São estas cenas simples, recheadas de euforia, e vivenciadas pelos profissionais com os pacientes terminais, que dão a ideia de que o filme todo valeu a pena. * Os nomes dos pacientes foram trocados a pedido dos médicos






AMC (Associação de Mulheres Cristã)





AMC (Associação de Mulheres Cristã) promoveu um mega evento de comemoração do 16ºaniversário da Fundação Casa de PARADA DE TAIPAS. Sra Rosana Gonçalves Oliveira Presidente da AMC fez a abertura parabenizando a unidade e o maravilhoso trabalho do Sr. Caio Rubens (diretor) e Sra. Ana (Coordenadora Pedagógica) que tem feito para todas as internas.Um excelente café da manhã foi servido á todos os convidados (diretor, coordenadores, funcionários, internas, voluntárias da AMC e IURD), com a belíssima apresentação artística do Projeto Guri e Internas (canto, coral e percussão). A cantora Cristina Miranda alegrou a festa com louvores, momento de descontração e muita felicidade.











 

Mais surpresas, a atriz Karina Bacchi (Rede Record) fez uma manhã de autógrafos, entregou a todas as internas seu livro "Código K" (feito exclusivamente para jovens e adolescentes),










Mais louvores com a cantora Sula Miranda que deixou a seguinte recado: hoje Deus pode mudar a sua história!!! Um grande coral foi feito pelas adolescentes repetindo este refrão.






Também uma mensagem da AMC dizendo que o Pai nunca desiste, levando as internas à reflexão.







Um café especial foi oferecido para todas as

internas








A cantora Isis Regina emocionou à todos com a canção Águas Cristalinas, foi um lindo momento de adoração e louvor juntamente com o Pr. Geraldo Vilhena (responsável pelo trabalho da IURD na Fundação Casa) .






tudo isso com muitos beijos e abraços.È benção, È benção, È benção! Parabéns Internato Parada de Taipas.





Na sequência a jovem Vanessa de Oliveira Fonseca relatou seu testemunho, que deixou sua juventude para ser garota de programa, vida vazia e sofrimentos. Mas quando teve o encontro com o Sr. Jesus tudo foi restaurado.


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