quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Em busca do sono

 Em busca do sono 






Em busca do sono
Por Juliana Vilas juliana.vilas@folhauniversal.com.br Todo dia é a mesma coisa. Quando chega a hora de dormir, começa o drama de Letícia Cristina Esteves, de 18 anos. “Às vezes, choro de sono e não consigo adormecer de jeito nenhum”, queixa-se. Para conseguir repousar por algumas horas, a estudante deixa a luz do quarto acesa. “Sem luz é mais difícil ainda”, diz. Se acorda de madrugada, não consegue mais pegar no sono. Em geral, só consegue depois das 5 da manhã. E dorme, em média, de 4 a 5 horas por dia. De dia, entretanto, sente cansaço, dores no corpo e indisposição. Letícia faz parte de um grupo numeroso: o das pessoas que dormem mal. Um levantamento da Sociedade Brasileira do Sono mostrou que pouco mais da metade (57%) dos brasileiros costuma ter um sono restaurador. Os 43% restantes, que dormem mal, apresentam frequentemente sinais de cansaço ao longo do dia. “Se a pessoa dorme 3 ou 4 horas e fica disposta durante o dia, está tudo bem. O problema é a sonolência diurna, que pode trazer muitos riscos, até de acidentes”, explica o médico Matheus Bernanos, especialista em Medicina do Sono. De fato, uma pesquisa feita, em 2004, pela organização não-governamental (ONG) SOS Estradas aponta que em 216 acidentes de ônibus, registrados entre janeiro de 2002 e março de 2004, pelo menos 99 aconteceram sem o envolvimento de outro veículo. Provavelmente, de acordo com os pesquisadores, tais acidentes foram causados pelo cansaço ou sono dos motoristas. E não é só o terrível risco de cochilar de dia que aumenta muito a importância das noites bem-dormidas. Estudos realizados por universidades nacionais e internacionais apontam que quem dorme mal tem mais chance de engordar, pegar resfriados, contrair problemas cardíacos, desenvolver paranoias e outras doenças. Um levantamento publicado na revista científica “Archives of Internal Medicine” relaciona noites mal-dormidas ao risco de contrair gripes e resfriados. Os cientistas constataram que dormir menos de 7 horas por noite afeta o sistema imunológico. Foram testadas 153 pessoas que, durante 2 semanas, todos os dias, relataram detalhes das noites de sono. Todas receberam aplicação do vírus causador do resfriado comum. Dias depois, os voluntários comunicaram aos pesquisadores os sintomas. Quem costumava dormir mal ou poucas horas pegou resfriado. Já os que passavam adormecidos mais de 92% do tempo em que estavam na cama conseguiram se defender do vírus. Outra pesquisa, publicada na revista científica “Science”, indica que jovens e adultos que sofrem de insônia e outros distúrbios têm mais probabilidade de desenvolver o mal de Alzheimer. Os cientistas monitoraram os níveis de beta amiloide, um fragmento de proteína conhecido por estar ligada à doença de Alzheimer, no cérebro de ratos privados de sono. Os que ficaram sem dormir apresentaram 25% mais amiloide beta se comparados com os que dormiram mais.Dormir muito, entretanto, não significa dormir bem. Estudiosos garantem que nem todos precisam de 8 horas diárias de sono. De acordo com um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 2% da população necessita de 5 a 6 horas de sono por noite. No outro extremo, está o grupo dos chamados “grande dormidores”, também representado por outros 2%, que precisam de 10 a 11 horas de repouso todos os dias. Além da insônia, que pode ser crônica ou circunstancial, os distúrbios mais comuns são apneia (pausas na respiração ao longo da noite), ronco, bruxismo (o ranger dos dentes, que atinge 15% da população) e outras doenças neurológicas, mais raras, que afetam 1% dos brasileiros. A Unifesp constatou também que, na cidade de São Paulo, 13% das pessoas sofrem de insônia e um terço (32,9%) não consegue dormir por causa da apneia. Fabiola Carla Totti Thomé, fonoaudióloga especialista em sono, diz que as queixas mais comuns dos pacientes que procuram clínicas e laboratórios para fazer exames são mesmo o ronco e a apneia. Pesquisas indicam que, de 1995 a 2007, a procura por exames e tratamento contra o ronco se tornou mais comum. Na década passada, ela representava 19% do total de pessoas que se queixavam de algum problema relacionado ao sono. Em 2007, a proporção foi para 41,7%. O exame mais completo para detectar distúrbios do sono é a polissonografia (leia texto na página 9). Em algumas cidades do País, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito de doenças relacionadas ao sono por meio de parcerias com entidades especializadas, como o Laboratório de Medicina do Sono, do Hospital Universitário de Brasília, e o Instituto do Sono, em São Paulo. Há ainda o chamado “personal do sono”, um fisioterapeuta que vai até a casa da pessoa, observa o travesseiro (a altura é mais importante do que o material), o colchão, a luminosidade do quarto e a posição em que o sujeito costuma dormir. Depois, dá conselhos e dicas para corrigir as possíveis causas das noites mal-dormidas. A posição ideal para deitar, segundo fisioterapeutas, é o decúbito dorsal (de lado, com joelhos unidos e braços soltos). Os médicos garantem que a maior parte das pessoas não precisa de tratamentos mais rigorosos, só dorme mal ou menos que o necessário. Nesses casos, tomar algumas medidas simples, ter disciplina e hábitos saudáveis antes de deitar podem garantir noites tranquilas e regeneradoras. E dias mais produtivos e felizes.


IURD VERBO SOCIAL





















































 
Em troca de quê?Clarisse Werneck redacao@folhauniversal.com.br Eles não dão dízimo nem ofertas. Excluídos pela sociedade, vivem nas ruas e superlotam o sistema penitenciário. Mas recebem da Igreja Universal o mesmo tipo de ajuda de qualquer pessoa que chega aos seus templos: solidariedade e fé Cerca de 43 milhões de brasileiros vi-vem abaixo da linha da pobreza, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas. Só na cidade do Rio de Janeiro, estima-se que aproximadamente 10 mil pessoas morem nas ruas. Já a população carcerária no País supera os 400 mil. Esses são apenas alguns dos milhares de excluídos que vivem no Brasil e muitos não têm qualquer fonte de renda nem assitência familiar. Por essa razão, são os grupos de pessoas que mais necessitam de auxílio espiritual. Conscientes disso, voluntários, pastores e bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, se dedicam, há 32 anos, a essas pessoas nos trabalhos de evangelização. No Rio de Janeiro, são 555 agentes religiosos que atuam em 35 presídios, 11 delegacias, 72 asilos, 10 centros de recuperação de dependes químicos e 10 creches sob a coordenação do pastor Júlio Pinheiro. Outro importante lugar visitado pelos evangelistas é a Fundação Leão XII, órgão do Governo do Estado que atende moradores de rua. No estado de São Paulo, a evangelização com menores internos da Fundação Casa (antiga Febem) começou há 7 anos. Já a evangelização nos presídios atende mais de 50% das unidades prisionais. A assistência social e moral a presidiários, realizada pela IURD, acontece no País há 20 anos. No Rio de Janeiro, por exemplo, há 7 anos não acontece uma rebelião. Fato observado pelo diretor do Presídio Moniz Sodré, Gilson Nogueira. Segundo ele, a presença de evangelistas é importante para a ressocialização dos presos, já que a reintegração na sociedade se dá através de educação, trabalho e auxílio espiritual. “Os internos batizados e membros da Igreja podem se fortalecer espiritualmente através de orações, jejuns, leitura e estudo da Bíblia, além destes auxiliarem os novos convertidos e outros internos da unidade. O comportamento deles tem mudado de forma bastante satisfatória, não apenas no relacionamento entre eles, como também, com os servidores da unidade”, reconhece Nogueira. Esses trabalhos de evangelização também são realizados em todo Brasil e no exterior. Colaborou Alice MotaPeriferia Evangelistas em comunidade carente de Salvador (BA). Além da Palavra de Deus, a população é beneficiada com ações sociais São Paulo Voluntárias da Associação de Mulheres Cristãs (AMC), da IURD, oram pelas adolescentes da Fundação Casa de Parada de Taipas Minas Gerais A igreja realiza batismos nas águas nas unidades prisionais. Recentemente, a cerimônia ocorreu na Penitenciária Estevam Pinto Rio de Janeiro O trabalho evangelístico é feito em várias unidades prisionais, a exemplo do realizado na Penitenciária Moniz Sodré Paraíba Distribuição da Folha Universal para detentos que participam de orações realizadas pelo grupo de evangelização Fundação Casa O trabalho evangelístico na antiga Febem, de São Paulo, é dirigido aos menores internos e seus familiares Salvador Evangelistas levam conforto espiritual e solidariedade a moradores de rua na capital da Bahia

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