sábado, 26 de abril de 2014

Como alguém tratado como bicho pode voltar a se sentir gente?

Qual o caminho a ser percorrido para ter a vida transformada?














Todos os dias vemos, principalmente nas grandes cidades, pessoas vivendo nas ruas, contando com a solidariedade alheia para sobreviver. Muitos deles, envolvidos com os vícios, não conseguem ter forças para sair de uma situação que não lhes dá perspectivas.
Se para pessoas adultas viver sem moradia certa, sem o apoio ou o aconchego da família já é uma situação desesperadora, imagine para um menino que foi abandonado pela mãe.
Por mais inacreditável que possa parecer, essa era a situação de Cláudio. Ele foi renegado. “Minha mãe, que já era casada e tinha outros filhos, teve um caso extraconjugal e engravidou. Quando o marido dela me viu, negro, não me aceitou.”
Enxotado
Encarado como um problema, ela decidiu livrar-se de Cláudio de uma vez por todas, e, por isso, desde cedo ele precisou morar nas ruas. Com o passar do tempo, o menino, por diversas vezes buscava abrigo na casa da mãe, mas todas as tentativas foram rechaçadas.
“Fui enxotado. Quando estava com 8 anos, em mais uma das minhas tentativas, ela me agarrou pelos braços com uma fúria inexplicável, lançando-me porta afora. Quando me levantei do chão, cambaleando, mal conseguia entender o que estava acontecendo.”
Em sua vã inocência, Cláudio não entendia como aquilo podia acontecer. Ele alimentava a certeza de que tudo não passava de um castigo, e que um dia seria aceito. A única alternativa foi se unir a um grupo de mendigos.
“O cenário era sempre o mesmo: sujeira, comida estragada, vícios, brigas por qualquer coisa, cheiro forte e desagradável. Cada segundo de vida para mim era um verdadeiro tormento: chutes, pontapés, socos. Minha rotina era apanhar todos os dias.”
Mas, pior do que viver na rua, com o frio intenso e uma série de outras privações, era sofrer na mão da própria família. “Uma vez, um tio me pegou vendendo picolé e me levou na fábrica para devolvê-los. O dono me pagou um pequeno valor pelas vendas e esse tio tomou tudo. Com o dinheiro, comprou um cinto, um aparelho de barbear e uma garrafa de álcool.”
Cláudio conta que o tio lhe deu uma tremenda surra. “Ele me bateu com o lado da fivela do cinto. Sangrei sem parar. Depois, raspou minha cabeça, jogou álcool e saiu. Uma senhora, horrorizada com a cena me socorreu. Cheguei a pensar que morreria naquele dia.”
Animal invisível
Pela sua condição de morador de rua, Cláudio tinha a sensação de que as outras pessoas ignoravam a sua existência e não conseguiam enxergá-lo como um ser humano. “Nas ruas, muitas delas passavam por mim, apressadas, comendo, conversando, mas ninguém enxergava aquele garoto negro, magro, amedrontado e faminto. Era como seu eu estivesse invisível.”
Cláudio vivia como um animal, e só não passava fome porque tirava comida do lixo. “Durante 2 anos morei em uma lixeira de hospital e um dos faxineiros me dava o resto da comida dos doentes.”
No crime
Revoltado com o fato de ser o saco de pancadas alheio, não demorou muito para que se envolvesse com o crime. “Como ainda era muito jovem, algumas pessoas, penalizadas, me ofereciam abrigo, mas não havia conserto para mim e eu acabava roubando coisas de valor de suas casas e voltava para a rua.”


Na criminalidade, ele passou a praticar assaltos e participou de um sequestro. “Com a arma na mão eu me mostrava valente, mas no fundo vivia com medo. A essa altura, já estava viciado em drogas e em jogos.”
Em uma ocasião, quando estava para ser preso, ele jurou aos policiais que tinha mãe e que não estava na rua por vontade própria. Ele lembra que lhe disseram que se fosse verdade ele não seria detido, mas que precisava ser reconhecido pela mãe.
“Quando chegamos à sua porta, ela logo apareceu, xingando sem parar. O policial perguntou: ‘Esse sujeito é seu filho, dona?’ Ela respondeu: ‘Não faço ideia de quem ele seja; não o conheço, não o quero em minha calçada.’”
Cláudio passou a odiá-la e prometeu que voltaria para matar a família toda. “O ódio me dominou e desde então me sentia a pessoa mais insignificante do mundo. Todo dia indagava a Deus sobre o porquê de ter nascido e de sofrer tanto. Quando voltei às ruas, providenciei um revólver.”
Convite inesperado
Ele estava decidido a se vingar, mas, inesperadamente, um outro tio apareceu lhe oferecendo ajuda e dizendo que o levaria a um lugar onde voltaria a ser tratado como gente. “Como pode alguém, acostumado a ser tratado como bicho, voltar a ser gente?”, Cláudio se perguntou.
Mesmo surpreso com a oferta, ele aceitou: “Pela primeira vez na vida recebi carinho e atenção, justamente onde jamais havia entrado antes. Depois de assistir a uma reunião, logo fui atendido. Ninguém se importou com o meu cheiro ou com a minha aparência. Tampouco passaram a mão em minha cabeça, mas afirmaram que eu poderia mudar o rumo das coisas. Isso era tudo o que eu queria e precisava ouvir.”












Decisões e ações
Cláudio saiu dali decidido a lutar por uma transformação. “Nada aconteceu da noite para o dia, nem vou dizer que tudo foi fácil ou num estalar dos dedos. Precisei trabalhar muito, como ainda o faço. Porém, só surtiu efeito porque me entreguei à fé viva que havia sido despertada em mim. Por ela já não media esforços, e assim fui realizando sonhos.”
Algum tempo depois, ele conseguiu regularizar a situação com a companheira Eliane, com quem já morava. “Para a família dela, nossa união era sinônimo de degradação: um mendigo com uma alcoólatra. Realmente, qual seria o nosso futuro? Mas, a tese do ‘impossível dar certo’ não nos influenciou, e nossa história passou a surpreender.”













Hoje, o casal celebra o fato de ter mudado a trajetória que parecia impossível para os dois. Cláudio Soares é um empresário respeitado em Belo Horizonte (MG), perito em trânsito, que dá emprego para dezenas de famílias. Ele não tem vergonha de dizer que já foi morador de rua e agradece a Deus por ter passado por tudo isso e renascido das cinzas.
“Alcancei também poder para perdoar a todos que me fizeram mal, principalmente à minha mãe, já em seu leito de morte. Sou patrão e amigo. Tenho um lar, um casamento de muita alegria, sou pai. Sou um vencedor. Não apenas pela estabilidade financeira, mas pela paz, a alegria e a dignidade que conquistei”, conclui.



UNIVERSAL NA FUNDAÇÃO CASA

Para dar início a realização deste evento, os voluntários da UNIVERSAL fizeram doações de vários itens de  beleza  para montagem de uma salão dentro da Fundação Casa Feminino unidade mooca.


Houve distribuição de centenas biografias NADA PERDER I e II do bispo Edir Macedo

Nesta foto um voluntário se preparando para entrar na van da Fundação Casa para chegar ao evento

Mais voluntários entrando na van com suas doações para Fundação Casa

Nesta foto o pastor Geraldo Vilhena junto com a direção da Fundação Casa da Mooca.


Uma porta pesada de ferro se abre. Um guarda, um detector de metais e uma cabine blindada aparecem. Mais alguns passos, e o barulho da porta se fechando identifica que daquele lugar não entra e sai quem quer. Um caminho de concreto, mais algumas portas, mais um ou dois guardas, mais um portão fechado. Através das grades é possível ouvir bebês e vozes de adolescentes. Lá, o clima tenso desaparece e, às vezes, dá para esquecer que se está em uma Unidade Feminina de Internação Provisória (UIP) da Fundação Casa, ex-Febem. Em poucos metros quadrados funciona a Casa das Mães, que separa adolescentes grávidas e com bebês das outras internas. Ao todo, a unidade abriga 118 meninas de 12 a 20 anos incompletos, e o tempo médio de internação é de 1 ano e meio. No momento da visita, algumas meninas pintavam quadros, outras faziam pães e doces em uma grande cozinha.


Pastor Geraldo Vilhena e o pastor Augusto faz apresentação de crianças na Casa das Mães da Fundação Casa.


Esteve presente também o ex-usuário de drogas Robson de Freitas e uma ex-traficante Amauri na qual fazem parte do Bloco de Ajuda aos dependentes Químico, os mesmos realizaram uma palestra sobre a prevenção de drogas para todas as internas da Fundação Casa. 


Após a palestra o pastor Geraldo e voluntários realizam uma oração de libertação para todos 

O evento houve um café da tarde com doces e refrigerantes para todos os que estavam ali presente.


este evento foi animado pelo guitarrista Reginaldo que fez grande apresentações no evento.

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