sábado, 2 de fevereiro de 2013

Prazer perigoso


Excessos no videogame podem prejudicar o desempenho escolar, o convívio social e outras atividades



Muitos psicólogos são taxativos em dizer que o uso excessivo de internet ou de jogos não deve ser encarada como uma dependência. O problema é quando prejudica o desempenho escolar, o convívio social e outras atividades. Outro sintoma, que pode preocupar, é a necessidade cada vez mais de jogo para obter prazer. São casos parecidos com o de Lucas Langamer, de 14 anos, e o de Rebeca, de Pontes, de 7. Foram. Não são mais.

A mãe de Lucas, a cabeleireira Luciene Langamer, de 34 anos, não esconde o alívio depois que pediu ajuda na Educação Bíblica Infanto-juvenil (EBI). O problema quando o filho, aos 10 anos, passou a jogar em vários períodos do dia, não se interessou mais pelos estudos, tirando nota baixa nas provas. O resultado não poderia ter sido pior: Lucas repetiu duas séries, para desespero da mãe.

“Ele dormia na sala de aula. Não tinha a mínima concentração nos estudos. Passou a ser ótimo no videogame e péssimo na escola. Não tinha problema de comportamento, mas não desenvolvia”, lembra.

Hoje, Lucas vai todos os dias para a Igreja, é atencioso com os pais, estudioso e tem prazer em evangelizar. A reação de alívio de Andréia Rosa não foi diferente com Rebeca. A concentração nos jogos eletrônicos era total no videogame, no computador e até no celular do pai.


“Ela estava preguiçosa para estudar. Hoje, depois de algumas orientações que recebeu das educadoras da EBI, ficou mais estudiosa, mais comportada. Ela me ensina a orar, passa óleo no pai, no cachorro. Quando eu me estresso com a avó dela, ela diz que isso não é de Deus. Minha filha é uma herança de Deus”, comemora.

O psicólogo Cláudio Moura Nunes destaca a importância dos pais buscarem ajuda para evitar que esse comportamento se arraste e atrapalhe a criança ou o adolescente durante toda a vida. 

“Os pais precisam se aproximar do filho sem recriminá-lo para abrir um canal de comunicação. A ideia é reaprender ao usar o computador e colocar outras atividades no lugar. O uso da internet não deve ser totalmente cortado, mas sim moderado”, ensina o psicólogo.

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