"À medida que a diferença de idade entre o casal aumenta, aumenta também a probabilidade de mortalidade da mulher", afirmam os cientistas do Instituto Max Planck.
No Egito, um homem de 92 anos e uma adolescente de apenas 16 decidiram, depois de dois anos de namoro, se casar. Os dois só não oficializaram o matrimônio porque a Justiça egípcia – país onde moram – impediu a união. O ministério da Justiça do Egito criou, na década 80, uma lei que impede o casamento de estrangeiros com egípcios quando a diferença de idade entre os noivos for maior do que 25 anos. Mesmo assim, o casal disse que, apesar de a união não ter sido oficializada, eles pretendem continuar unidos. As leis brasileiras, bem mais flexíveis que as egípcias, não impedem o casamento por motivo de grande diferença de idade entre os cônjuges, como prova um dos casos mais polêmicos, ocorrido no final de 2008, quando Francisco, um pernambucano com então 88 anos, decidiu se casar com Laudiceia, que vivia nos fundos da casa dele. Detalhe: àquela época, a garota tinha 15 anos. Mesmo sob protestos e intervenções na Justiça por parte de alguns familiares da adolescente que tentaram impedir a união do casal, Francisco e Laudiceia oficializaram o matrimônio e, uma ano e meio depois, eles tiveram o primeiro filho, João. Mas apesar de histórias de amor como a do casal pernambucano ou a dos pombinhos egípcios despertarem admiração e comoção em muita gente, um estudo feito na Alemanha indicou que casar com um homem muito mais velho ou muito mais novo pode reduzir a expectativa de vida de uma mulher. O Instituto Max Planck chegou a essa conclusão depois de analisar o perfil de mais de 2 milhões de casais dinamarqueses, quando descobriu que o risco de mortalidade de uma mulher casada com um homem entre sete e nove anos mais jovem aumenta 20%. O estudou concluiu também que, à medida que a diferença de idade entre o casal aumenta, aumenta também a probabilidade de mortalidade da mulher. Por exemplo: ter um parceiro 20 anos mais velho eleva o risco de mortalidade da mulher em quase 35%. No caso masculino, o fenômeno é exatamente o contrário. Um homem que tem uma parceira entre sete e nove anos mais jovem reduz o seu risco de mortalidade até 11%. De acordo com o coordenador do estudo, Sven Drefahl, as razões para as diferenças de mortalidade em decorrência da diferença de idade entre homens e mulheres permanecem desconhecidas.
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