Histórias de gente que mata e manda matar por dinheiro, apesar de revelarem um lado negro da espécie humana e serem corriqueiras, ainda chocam. Mesmo assim, nada sem compara ao caso de E. F. C., de 22 anos, que matou o irmão de sangue E.C, de 24, no pátio da casa da irmã, em Roraima. O motivo não poderia ser mais banal: alguns sacos de cimento. O jovem cobrou dinheiro do irmão, que vendeu o material que pertencia à mãe. Insatisfeito com a cobrança, E.F.C correu para cima do irmão e, com uma faca, o assassinou com golpes certeiros no coração. Em depoimento, ele disse que não estava arrependido do que fez, já que “estava com a razão”. E ainda se justificou: “Só fiz justiça”, disse. Outro crime envolvendo disputa financeira e que chocou o País inteiro ocorreu no interior de São Paulo, na cidade de Caçapava. Seu Harada, de 64 anos, foi executado em sua própria casa, localizada na Vila Antônio Augusto. O crime teria sido motivado por vingança dos próprios filhos. A família era tradicional e tinha comércio no Mercado Municipal. Segundo a polícia local, o assassinato do aposentado teria sido planejado pela própria filha, Ângela Yuri, com ajuda do irmão e conivência da mãe. A família pagou R$ 36 mil para os "matadores" executarem a vítima e simularem latrocínio (roubo seguido de morte). Tudo para herdarem o comércio e algumas poucas economias de Seu Harada. No mês passado, D.A.F provocou um incêndio na residência onde mora, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, porque um de seus irmãos não quis vender o imóvel, que seria herança de família. Revoltado com a situação, D.A.F, que é alcoólatra, ateou fogo na casa, mesmo sabendo que o irmão, três irmãs e sua mãe estavam lá dentro. No Brasil, segundo o Banco Central, existem cerca de 80 milhões de endividados Cada um deles tem, no mínimo, três débitos diferentes: carro, casa e empréstimo. Para os especialistas, esse cenário não justifica os conflitos e mortes por herança, mas também não deixa de ser uma espécie de gatilho acionador da violência para aqueles que têm propensão ao crime.
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