quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Violência no comércio


VIOLÊNCIA NO COMÉRCIO:DIANTE DELA, O SENTIMENTO MAIS DIFÍCIL DE CONTROLAR É O MEDO, A INDIGNAÇÃO OU A VONTADE DE REAGIR ?Foi a partir da década de 80 que o Brasil começou a registrar os mais altos índices de violência urbana da história, até chegar, uma década depois, a ocupar as primeiras posições no ranking dos países mais violentos. Hoje, o Brasil está na oitava posição mundial em número de mortes ocasionadas por armas de fogo. De acordo com os dados que indicam a progressão como o crime evolui no país, não há perspectivas a curto prazo para o recuo desse quadro. Os principais estudos realizados internacionalmente a respeito do assunto indicam que países democráticos e de economia estável são, na maioria, mais pacíficos que aqueles em que o regime autoritário predomina. Há fortes indícios, também, de que a renda satisfatória e o acesso da população à educação são fatores que atuam diretamente na inibição da violência urbana. A existência de um governo eficiente, responsável e que preste conta à sociedade parece ser a lei determinante da paz entre um povo. Prova disso pode ser verificada com a 9ª posição ocupada pelo Japão dentre os países mais pacíficos do mundo. A Dinamarca aparece na 3ª posição, e a Noruega, no topo da lista. Entre os países de regime autoritário e de economia desestabilizada, como acontece com a maioria dos integrantes do Oriente Médio, a situação muda bastante. Quanto à passividade, o Iraque está na 121ª posição. Israel, na 119ª , e a Nigéria, na África, na 117ª . O Brasil amarga a 83ª posição. É um erro, portanto, atribuir a passividade como característica predominante do povo brasileiro, já que o País está lado a lado, pelo menos no ranking mundial da violência, com os países africanos e da região conflituosa do Golfo Pérsico. Para que se possa combater a violência, não só no Brasil como no mundo todo, é imprescindível que primeiro se apure as causas mais diretas e determinantes dela, uma vez que todo ato violento provém de um desequilíbrio social. Ela é um indício de que alguma coisa está errada há muito tempo. A violência, a partir desse ponto de vista, assume característica de reação, não de uma ação. O objetivo da maioria dos programas de combate à violência, portanto, não é simplesmente combater a violência em si, mas as origens dela. Se combatida a ação, a reação deixará de existir, e o equilíbrio social é restabelecido.

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