AMOR QUE ULTRAPASSA REGRAS:“TUDO O QUE É PROIBIDO É MAIS GOSTOSO” OU O DITADO POPULAR NÃO CONDIZ COM A REALIDADE?“Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer...” Luís Vaz de Camões. A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, realizou recentemente um estudo que procurar traçar o perfil dos apaixonados. E o mais surpreendente é que os resultados obtidos confirmam o que, há séculos, afirmavam os grandes filósofos gregos, entre eles Platão. Há aqueles que amam com o fogo de Eros ou de forma incondicional, como as mães. Mas existem também os amantes ditos ‘relapsos’, que, segundo a pesquisa, é um tipo de sentimento mais comum entre os homens, mas está longe de significar ‘falta de amor’ ou a temida frigidez. O problema é que ao longo da vida esses sentimentos podem se confundir, ou passar de uma modalidade a outra, o que pode deixar muitos “apaixonados” completamente desnorteados. Não existem regras fixas, tampouco fórmulas mágicas capazes de orientar o amante confuso nessas horas. Mas os pesquisadores de Cambridge garantem: “o importante é aceitar que o ser humano pode amar de diferentes maneiras, em diferentes momentos da vida. Respeitar o modo como a outra pessoa ama é fundamental para a estabilidade social, seja ela entre colegas, familiares ou casais. O grande causador de tantos desentendimentos é a maioria das pessoas querer ser amada da mesma forma e nos mesmos moldes que ama”. A teoria é convincente e esclarecedora. No entanto, aceitá-la na prática é bem mais difícil. Afinal, quem nunca amou sem ser amado? Quem nunca sentiu na pele o pensamento de Platão, e viveu um amor incondicional e idealizado, mas só lá naquele mundo distante, no antigo ‘Mundo das Ideias Platônicas’, enquanto o Mundo Físico queimava de dor e descontentamento? Que essas experiências são necessárias à evolução de todo ser humano, não há dúvidas. Mas, feita a viagem de volta para o mundo físico, dificilmente as pessoas querem regressar à Terra de Platão. Enfim, o amor é mesmo um beco profundo e sem saída, mas necessário e belo. Quem o experimenta, dificilmente consegue encontrar o caminho de volta. Uns porque não querem mesmo; outros porque se perderam em suas armadilhas.
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