

Além de coliformes fecais, bactérias encontradas nas fezes humanas e animais, “pode- se encontrar nesses objetos a bactéria Staphylococus aureus, que possui algumas linhagens perigosas ao ser humano, e a Klebsiella sp, uma mutação das superbactérias”, afi rma Luiz Simeão, professor e doutor em microbiologia, da Universidade Federal de Minas Gerais.
Após rodar pelas ruas, fazer paradas no chão do ônibus e na pia de banheiros públicos, as bolsas se tornam caronas para germes e bactérias, cujo destino final é quase sempre a mesa de trabalho, ou, pior ainda, a de refeição. “Em
contato com o corpo,os microorganismos podem causar diferentes infecções, como conjuntivite, tersol (ambas nos olhos) e otite (nos ouvidos). No trato digestivo, podem ocorrer diarreia e cólicas intestinais. Além disso, diferentes micoses podem surgir devido à presença de fungos”, completa Tórtora.
O perigo não está só na parte externa do acessório. Dentro das bolsas, o dinheiro, os alimentos, e o celular também são importantes fontes de bactérias. “Em algumas cédulas de baixo valor, é possível encontrar quantidades de microorganismos até quatro vezes maiores do que aquelas toleradas pelo corpo”, alerta o professor da Universidade Gama Filho.
Segundo Simeão, carregar alimentos dentro da bolsa é arriscado. “A presença de microorganismos, a temperatura ambiente e as condições de umidade no interior do objeto podem facilitar a proliferação das bactérias.” O celular, por estar em contato direto com a boca e ser um objeto bastante manipulado,é também um grande vilão para a saúde.
Para evitar contaminações bacterianas, é importante manter a limpeza da bolsa e dos objetos. O cuidado com as mãos é essencial. “O ideal é lavá-las
bem depois de tocar nesses objetos e, principalmente, antes das refeições. Uma lavagem de 1 minuto já é suficiente para reduzir as quantidades de microorganismos a níveisaceitáveis”, diz Tórtora.
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