sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Fúria de Baal

A Fúria de Baal
Olá Bispo,
Sou o pastor Marcelo, que estava em Nicarágua, e, atualmente, me encontro na Argentina, esperando os documentos para voltar aos Estados Unidos. Esta semana estive relatando ao Bispo Romualdo o meu testemunho de quando estive preso no México, e ele me pediu que o enviasse para o senhor.
Em 1998, a Igreja Universal do Reino de Deus estava tendo um crescimento no México, o qual chamou a atenção dos religiosos da época, como sempre acontece nos países onde a IURD já se faz presente. Quiseram frear o crescimento e desenvolvimento da igreja. Estávamos em uma vigília de oração na Sede, eu havia aberto um propósito de jejum de 24 horas numa sexta-feira pela libertação do povo, o qual seria entregue o jejum ao término da vigília. O que ninguém esperava era que, nessa vigília, ocorreu uma verdadeira perseguição aos pastores da nossa igreja.
No intervalo, por volta das 4h, cerca de 30 oficiais de imigração que estavam infiltrados no meio do povo dentro da igreja, trataram de prender-nos, dando, inclusive, chave de braço em alguns pastores.
Conseguimos escapar, graças à intervenção do povo que nos apoiou em todo o momento. Como o número de participantes era de aproximadamente 3 mil pessoas, tornou-se difícil realizar tal ato dentro da igreja, assim nós pastores buscamos a maneira de fugir. Alguns subiram no teto e se esconderam na caixa d’água. Teve um pastor que se enrolou em um pano e entrou na estrutura abaixo do altar, outros conseguiram pular o muro e fugir pelo teto dos vizinhos e pelo estacionamento. Eu, por exemplo, saí com outros pastores junto à multidão presente na vigília. Os oficiais haviam formado um cordão humano que cercava toda a Sede, mas com a ajuda do povo que os separavam, conseguimos passar por eles sem que pudessem nos deter. Eu já havia cruzado a avenida e estava praticamente livre da confusão, quando um membro da IURD em voz alta me chamou, fato que chamou a atenção de alguns oficiais, que em questão de minutos estavam atrás de mim e me prenderam. Fui o único a ser preso, todos os demais pastores e esposas conseguiram escapar.
O mais contraditório de tudo é que estávamos com nossos documentos em mãos. O que não sabíamos é que as autoridades haviam conseguido um meio de invalidar nossa estância legal naquele país, fato que só viemos a saber naquela madrugada, quando não havia como resolver, pois isso já era 4h de sábado.
É o que sempre temos visto desde a época do Senhor Jesus e os apóstolos até os dias de hoje na história da IURD. Quando o trabalho começa a desenvolver, incomodamos os RELIGIOSOS que, insatisfeitos, tramam meios e se armam de artimanhas, buscando qualquer motivo para impedir o nosso crescimento.
Depois que me prenderam, me colocaram em um camburão onde estive por 4 horas. Durante o percurso, tentaram encontrar os outros pastores e esposas que haviam escapado. Neste lapso de tempo, entrou um oficial, sentou-se ao meu lado e me insultou chamando-me de ladrão, estafador, mercenário etc…Ele estava muito alterado. O objetivo, sem dúvida, era de prender todos os pastores, mas as coisas não saíram como haviam planejado. Revoltado, esse oficial me disse: “Bom, deixa de conversa…” Em seguida, ele sacou a arma e começou a limpar lentamente e perguntou: “Onde estão os seus companheiros?”
Eu respondi: “Eu não sei; ainda que soubesse jamais lhe diria.”
Ele, por sua vez, tratou de fazer uma pressão psicológica em mim com aquela arma na mão. Ao perceber a sua intenção, olhei firme em seus olhos e disse: “Meu amigo, deixe-me dizer uma coisa. Eu não tenho medo da morte e nem de morrer, pois eu já morri há muito tempo. Esse oficial então se levantou muito chateado e me transferiu do camburão para um ônibus, cheio de grades, onde permaneci sentado por um período de dez minutos. De repente, dois oficiais entraram, um homem e uma mulher, se aproximaram de mim, fumando, retiraram meus documentos e do nada esbravejaram: “EU TENHO NOJO DE VOCE, SEU CARECA NOJENTO… EU SOU O DIABO, TIRA O DIABO DE MIM!” Logo depois, esses oficiais começaram a rir.
Quando nos retiramos do local, confesso que fiquei preocupado, porque andamos por volta de uma hora e meia por lugares desertos. Por um momento pensei que iriam me matar. O que eu não sabia era que o edifício de imigração ficava bem longe da cidade. Ao chegar, me apresentaram a um oficial, que era advogado da imigração. No momento da entrevista, ele me pressionou várias vezes, querendo que eu afirmasse que tinha bens em meu nome. Na verdade, senti que eles estavam buscando alguma coisa, ou algum motivo, para acusar e desacreditar a IURD no México.
Sabe Bispo, neste momento me lembrei do que disse o Senhor Jesus: que seríamos levados diante dos governadores e autoridades, mas que não deveríamos nos preocupar como respondê-los, pois o Espírito Santo nos daria a direção.
Nessa prisão, todas as pessoas de mesma nacionalidade ficam na mesma cela. Eu não fui colocado na cela junto com os outros brasileiros, pelo contrário, me colocaram numa separada que não havia luz, nem água.
No domingo, o dia mais esperado pelo pastor, lá estava eu, preso fisicamente, mas o meu espírito livre. Não aceitei estar naquele lugar sem poder ministrar a benção de Deus na vida das pessoas que sofrem. Então, no próprio pátio, consegui reunir 20 rapazes e fiz uma reunião de 25 minutos. Me senti muito feliz independentemente de tudo o que estava acontecendo, porque tinha certeza que Deus estava comigo para ajudar aqueles rapazes. Estive naquela prisão por sete dias sem me banhar, somente com a roupa do corpo, comendo apenas “tortilla” e ovo. Quando eu dizia que tinha sede, riam de mim e me mandavam calar a boca.
Depois desse período, decidiram então me deportar para o Brasil. Quando eu estava saindo, algum dos prisioneiros agarrou na minha mão e a colocou sobre sua cabeça e me pediam para não parar de orar por eles. Me levaram para o aeroporto, sujo e fedorento, e escoltado pelos oficiais. No avião, o rádio de um dos oficiais tocou e pediram que me retirasse do avião urgentemente. Aí estava a resposta que eu estava esperando.
Um Juiz mexicano havia expedido, horas antes, um amparo judicial a todos nós pastores, para que tivéssemos tempo de resolver legalmente toda essa armação, já que tínhamos direitos legais de estar no país livremente.
Com tal ordem, foram obrigados a me tirarem do avião e me soltar. Depois de um bom banho, pude continuar com a missão que o meu Senhor me deu, de ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a toda criatura.
E ainda que os RELIGIOSOS tentam nos calar ou nos parar, nada pode deter os que são da fé.
Obs.: Em 1998, tínhamos no México aproximadamente 25 IURDs. Atualmente, já são mais de cem e vamos inaugurar muito mais.
Publicado por Bispo Edir Macedo

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