domingo, 16 de junho de 2013

FJU contra o crack

Evento da Força Jovem Universal mobiliza 

milhares de pessoas na luta contra o

 abuso de drogas na sociedade




Dados do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas mostram que o Brasil é responsável por 20% do consumo mundial de cocaína e crack. Além disso, a pesquisa revela que as pessoas vêm tendo contato com os entorpecentes cada vez mais cedo: mais de 60% dos usuários de maconha experimentaram a droga pela primeira vez antes dos 18 anos de idade e 442 mil jovens já usaram cocaína pelo menos uma vez na vida.


Essa foi a realidade vivida por Thiago Silva Cavalcante, de 25 anos, que também se envolveu com o crime. “Eu comecei a usar drogas com 13 anos, primeiro fumando maconha, bebendo, depois usando lança-perfume, cocaína, LSD e várias outras. Praticava delitos como assalto à mão armada, saidinha de banco, tráfico, era muito envolvido com as coisas erradas. Durante uma tentativa de assalto, trocamos tiros com a polícia, acabei sendo baleado. Nesse momento foi que a ficha caiu e vi que eu precisava mudar. Do hospital fui direto para a cadeia.”


Pensando em ajudar a mudar esse quadro da sociedade brasileira, a Força Jovem Universal realizou o evento “Olé nas drogas”, um jogo de futebol beneficente que reuniu mais de 25 mil jovens na Arena Barueri, estádio localizado na região metropolitana de São Paulo.


O bispo Marcello Brayner é o coordenador da Força Jovem Universal em todo o Brasil e conta o motivo da iniciativa do evento: “Nós estamos em busca de ajudar os jovens perdidos nas drogas, e através do esporte queremos chamar a atenção deles. Nós mobilizamos a Força Jovem para poder conscientizar não só o usuário, mas os que estão no poder, as autoridades, que podem fazer alguma coisa. O que não podemos é ficar de braços cruzados.”


A ajudante geral Elida, de 15 anos, conta que aos 13 já era namorada de traficante e viciada em drogas: “Eu via meu ex-namorado roubar, matar, fazer tudo de errado. Com essa influência, comecei a usar drogas também: cigarro, maconha, lança-perfume, narguilé. Também era muito violenta, batia na minha mãe e tentei esfaquear minha irmã. Meu fundo de poço foi quando minha mãe me expulsou de casa, dizendo que preferia me ver morta do que nessa vida.”




Thiago e Elida têm histórias parecidas no seu início, e, felizmente, também tiveram o mesmo desfecho: ambos encontraram uma solução para o problema de vício em drogas. Thiago conta que na cadeia conheceu a Universal: “Eu participava das reuniões que aconteciam lá dentro. Quando saí, entrei na Força Jovem, larguei as drogas e o crime, tive meu encontro com Deus e fui transformado. Hoje faço parte do projeto Dose Mais Forte, através do qual ajudamos outras pessoas a sair da vida em que um dia eu estive”. Na FJU, Elida também ouviu uma palavra de ânimo que a fez acreditar em sua recuperação. “Lá eu conversei com o pastor; ele me disse que eu tinha jeito e que Deus não havia desistido de mim. Ele me orientou sobre o que eu deveria fazer para sair daquela vida. Coloquei em prática e hoje sou livre das drogas. Agora eu faço parte do projeto Cultura. Através do teatro e da dança, nós evangelizamos as pessoas, e com meu exemplo de vida ajudo outros jovens.”


O evento em Barueri foi o primeiro de uma série de outros que acontecerão em todo o País, como explica o pastor Adriano Lopes, coordenador da FJU no estado de São Paulo: “O propósito é combater as drogas em todo o Brasil. Nós temos promovido esses eventos para mostrar que existe uma saída. A maioria desses jovens aqui presentes um dia esteve envolvida nas drogas e hoje está livre. Eles vieram aqui para mostrar que é possível vencer. O ‘Olé nas drogas’ vai acontecer em diversos estados brasileiros, a fim de levantar essa bandeira contra os tóxicos.”


Foram arrecadadas ainda várias toneladas de alimentos não perecíveis que serão destinados às instituições de caridade e ações sociais realizadas pela FJU de muitos bairros da capital paulista. O evento também contou com várias apresentações musicais: a banda Blessed, da FJU de Minas Gerais, os cantores Marquinhos e Luciana Reis, o rapper Mano Gil e a banda Hesed, de Porto Alegre, formada só por meninas.




Times de peso


A partida foi entre o time da FJU e o grupo formado por artistas da Rede Record. Entre os jogadores do time dos artistas, estavam o ex-jogador Zinho, que venceu a Copa de 1994, quando o Brasil foi tetracampeão, e o apresentador Reinaldo Gotino, que apoia as atitudes conscientes da FJU. “É um evento muito importante, porque as pessoas estão unidas em prol de uma causa que é a de combater as drogas, um problema tão presente em nosso país.” O ator Ricky Tavares, que interpretou o personagem José, quando jovem, na minissérie “José do Egito”, também esteve presente. “Acho que o evento é uma iniciativa bacana para mostrar aos jovens que usar drogas não é bom. É ótimo estar aqui, com um público desse porte. E para você que está nessa vida, saiba que as drogas não estão com nada, devemos focar em Deus, nas coisas certas e não desviar do nosso caminho. Hoje vamos dar um olé nas drogas!”, disse.


Já o time dos amigos da Força Jovem era formado por bispos e pastores da Universal, dentre eles o bispo Marcello Brayner e o bispo Sergio Correa, que elogiou a iniciativa: “Esse evento é uma prova da preocupação que o bispo Macedo e a Universal têm com a juventude. Os jovens são o futuro e a solução para eles é Deus, pois com Ele podemos vencer tudo.” A disputa terminou com a vitória do time da FJU por 8 a 4, mas todos, na verdade, foram vencedores, pois o objetivo foi alcançado.


Autoridades conscientes


Personalidades políticas também acompanharam o evento.O representante do prefeito de Barueri, coordenador Eduardo Marques, que faz parte da coordenadoria da juventude e política sobre drogas de Barueri, elogiou a organização e a paz entre os torcedores: “Não houve brigas, tumulto, a saída foi tranquila e organizada. Barueri está sempre de portas abertas para a FJU.”

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